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CANTO EM ÁRIA
Ysolda Cabral
Canto triste em desencanto,
de desafinado e lúgubre canto,
no tênue espaço alquebrado,
eu canto, em ária, o meu pranto.
Do nada recolho sons e versos.
E se deles faltarem pedaços,
dedilho acordes reversos,
com desapego e sem laços.
Verso o impossível a sério,
do que trago no avesso de mim,
há muitos e muitos séculos.
Viver eu vivo, mas não nego
que melhor seria chegar ao fim,
desde que, sem você, viver não quero.
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Praia de Candeias-PE
Agonizando em pleno verão
15/10/2014
Para ouvir a música, acesse:
Publicada no Recanto das Letras
Em 15/10/2014
Código do texto: T5000230
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