sexta-feira, 23 de junho de 2017

SONS DA MINHA TERRA - C/ PARTICIPAÇÃO DO MEU POETA QUERIDO ODIR MILANEZ


Clicada por minha filha Yauanna - Caruaru/PE - Junho/2016.


SONS DA MINHA TERRA
Ysolda Cabral 



Gosto do amanhecer de Candeias quando o canto das ondas do Mar acompanha o canto dos passarinhos. - Gosto muito! Contudo, por vezes, sinto saudades do canto do galo fazendo solo, nos concertos dos pássaros, nas madrugadas da minha Caruaru querida, no meu tempo de menina. - O galo era o meu Luciano Pavarotti preferido. 

Infelizmente, ou felizmente, a cidade cresceu tanto que ele não mais existe por lá. Deve ter batido asas para alguma chácara, sítio, fazenda... Talvez, até, gente despeitada que não canta nada, o pegou de surpresa, colocou numa panela e comeu com cachaça numa noite de São João. - Vai lá se saber que destino ele teve neste mundo de meu Deus, com tanta gente desalmada!

O fato é que, hoje, especialmente hoje, acordei com um som diferente de todos que já escutei! Não sei precisar que som era. Só sei que ele me convidava a sair da cama, rodopiando pela casa feliz que nem pião, ou bailarina. Som cheio de vida, de alegria, de suavidade impressionante! Não vinha das ondas do Mar, nem dos pássaros, nem muito menos de nenhum galo da madrugada, até porque aqui só tem um nos arredores, e ele só canta no sábado de carnaval no terreiro recifense.

- Ah, que som maravilhoso aquele que me acordou hoje! Seria algum instrumento musical? - Fiquei tentando identificar e nem vi o avanço da hora. Quando me levantei, o Sol já engatinhava pela sala. - Fiz que não vi! Deixei que ficasse engatinhando até andar e cair, mas isso só aconteceria no final da tarde.

Fui caminhar, recordando os sons de minha terra, somente para descobrir aquele que me acordara tão cedinho. 

Foi quando a Brisa, mãe do Mar, brincando com os meus cabelos cantou carinhosamente, em meu ouvido, o seu bom dia e ele dizia: 

QUERERES
Odir Milanez

Quisera que a poesia me animasse,
reativando a voz vinda do vento,
para que um canto novo eu te ofertasse,
liberto das prisões do pensamento!

JPessoa/PB
22.06.2017
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e o versa em versos de amor.

A minha musa Ysolda Cabral

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Obrigada meu Poeta adorado! 


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Praia de Candeias-PE
Em 23.06.2017
Véspera de São João
Apenas Ysolda

Para escutar a canção de fundo, acesse:




Ysolda Cabral e Odir Milanez
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quarta-feira, 14 de junho de 2017

RECOMEÇO


Imagem Google


RECOMEÇO 
Ysolda Cabral 



O pesadelo por vezes me chama.
Atendo! Não há como dele recuar.
Pode ser até para me jogar na lama.
Não ligo! Saio dela sem me sujar.

Há noites que ele me tira da cama,
joga-me no chão. É tão fácil levantar! 
E, quando os pássaros o dia proclama,
- ah, que alegria é correr para o Mar!

Ali louvo a Deus e em júbilo agradeço,
por ter a alma livre da maldade humana.
Ela é meu porto seguro, meu endereço... 

Por vezes me perco e me desconheço,
porém, ela nunca me deixa ficar insana.
Afinal sou Ysolda, em eterno recomeço. 

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Praia de Candeias-PE
14.06.2017
Apenas Ysolda 
Uma pessoa que chora e ri
de alegria, tristeza, ou saudade, sem pudor. 

Para escutar a canção de fundo, acesse: 


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terça-feira, 13 de junho de 2017

A LUZ DO AMOR



A LUZ DO AMOR
Ysolda Cabral


As cores azul, verde e amarelo predominam no dia lá fora, comigo sob as luzes fluorescentes destoantes. – Coisa mais sem lógica! 

Penso em escrever e começo a bocejar. Agora estou assim; toda vez que penso colocar meus pensamentos no papel, ou na tela do computador, isso acontece. - Parece mais mandinga, feitiço para liquidar com aquilo que ainda chamo de minha poesia!

Levanto-me e resolvo ir almoçar fora. Preciso sentir na pele toda a luz e o calor que vejo daqui, através das persianas da janela que mais parecem grades. – É que, por vezes, sou passarinho e, decididamente, não posso me sentir presa. Então, com o intuito de acrescentar o cinza da solidão às cores do dia, saio para almoçar a passos lentos.

Procuro pelas ruas e avenidas algum casal enamorado, afinal hoje é 12 de junho, dia em que, além de outras comemorações, se comemora o dia dos namorados. - Não vi nenhum, ou, pelo menos; nenhum que parecesse namorar.

Continuo a caminhada até o restaurante, quando resolvo olhar para o Céu e, surpresa, vejo vários pássaros voando em duplas, (casais com certeza), bem sobre a minha cabeça. - Sorrio contente da vida e sigo.

Mal chego ao “Tachos e Panelas”, entra um casal, de idade já um tanto avançada, perguntando onde estavam as velas. A Sra. Cristina Santos, proprietária do restaurante, ruborizada, achando estar sendo cobrada, e/ou criticada pelo esquecimento, pela falha; mais que depressa argumenta que luz de velas só no jantar. O casal sorri, em cumplicidade, e, de mãos dadas, vai almoçar.

Fico a olhar para eles meio de soslaio e penso pedir à Cristina para providenciar velas para a mesa que iriam ocupar, sem importar se é dia ou noite, almoço ou jantar. - Não peço!

Sobre o casal paira a luz de muito amor. - Para quê velas?


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Praia de Candeias-PE
Registrando significativos instantes,
vivenciados no Espinheiro.
12.06.2017
Apenas Ysolda 
Uma pessoa que chora e ri
de alegria, tristeza, ou saudade, sem pudor.


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domingo, 11 de junho de 2017

QUASE DESEJO DE GESTANTE


A imagem pode conter: comida

Imagem Google 


QUASE DESEJO DE GESTANTE
Ysolda Cabral



E por falar em São João... Recebi uma doce mensagem que envolvia fotografias da culinária junina. Ah, como fiquei com água na boca! Pensei: vou comprar milho e vou fazer umas pamonhas e um pouco de canjica. - Do sofá não levantei! Como se não bastasse a tentação, recebi outra mensagem, e nesta última, a canjica, por demais tentadora, me fez decidir: vou até a padaria comprar. - Do sofá não levantei! Conclusão: aqui estou a refletir a minha falta de disposição... Ela é tão grande, tão grande que, supera a minha vontade, quase desejo de gestante, de comer pamonha e canjica. Fato altamente preocupante. Meu caso é grave! - o que fazer?!!!


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Praia de Candeias-PE
Em preocupante maré
11.06.2017
Apenas Ysolda



SAUDADE DO NADA

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Imagem Google


SAUDADE DO NADA
Ysolda Cabral



Ah, quanto a minha poesia?!
Se apropriou da minha alegria, 
e se foi mundo afora...


E agora?...

O amarria de contenção,
segura, também, a emoção
e o meu coração cala.

Na noite de Lua acanhada,
sou estrela solitária, apagada,
com saudade do nada...

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Praia de Candeias-PE
06.06.2017
Apenas Ysolda


PAIRAR NO NADA ( PENSAMENTO)


Imagem Google



PAIRAR NO NADA
Ysolda Cabral 



Penso que o meu pensamento navega num mar de lembranças que me deixam triste. Interrompo a navegação e percebo o meu olhar pairar no nada. Pareço fantasma!... Ah, mas sou indiferença abençoada! Sentindo que o sono já vai chegar, me alegro; sei que lindos sonhos vou sonhar...

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Praia de Candeias-PE
02.06.2017
Apenas Ysolda