terça-feira, 30 de dezembro de 2014

DOIS MIL E QUINZE - NÃO É ASSUSTADOR?



DOIS MIL E QUINZE – NÃO É ASSUSTADOR?
Ysolda Cabral


Mais um ano que finda... Logo, logo estaremos no ano de 2015. Não é assustador? Neste instante paro e faço uma retrospectiva de tudo que vivi ao longo de 2014, e de repente, como num filme, vejo tudo que vivi até aqui. A sensação primeira é de vazio, de tristeza por não ter aproveitado melhor o tempo... Sinto um aperto no peito e um frio na barriga arrepia, tira o tino. Reajo, esfrio a cabeça e com o dorso da mão enxugo lágrimas sentidas, saudosas, doridas... Então sorrio, sacudo a cabeça e dou a volta por cima. Ainda há tempo! Tempo para dar uma guinada de 360 graus, sem quebrar a coluna. Animada começo a fazer planos de mudança. Mudança pra valer! Preciso aliviar o peso e ganhar energia, vigor, alegria... Renovar o guarda-roupa, ir ao cabeleireiro, visitar os amigos, viajar, dançar... Ah, adoro dançar! Dançar de verdade. Só danço no sentido de quebrar a cara! E de cara quebrada já estou cheia! Agora esta decidido: Ano novo, fatos novos. Renovarei corpo e alma. Adeus tristeza, adeus agonia! Vou comemorar minha chegada até aqui, quase ilesa, e aproveitar o que me resta. Sem magoar ninguém, sem mais desafetos posto que, já tenho um número considerável deles…. Sou peste da sinceridade – quem gosta? Serei mais atenta, mais dedicada, mais elegante e educada com aqueles que, de alguma forma, me dão um pouco de atenção. Entretanto, de uma coisa não estou muito certa: será que vou engolir sapo e lagarto na sopa do happy hour, se forem fora de hora? Ah, vou embora! O tempo rugi! Digo, URGE!….

Feliz Ano Novo para todos nós, com benéficas e relevantes mudanças!

E que Deus nos acuda!

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Praia de Candeias-PE
Pronta para o Reveillon de 2015
30.12.2014 

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domingo, 28 de dezembro de 2014

SOBREVIVÊNCIA




SOBREVIVÊNCIA 
Ysolda Cabral



Neste momento minha lucidez é tanta
que me surpreende e encanta.
Chego à conclusão que gosto de mim
tresloucada e corajosa por inocência,
sonhadora e otimista congênita.

Somente para testar a sorte,
perco o rumo de propósito.
Ando por lugares nunca vistos
e ao sair deles,lhe garanto:
Sempre os deixo mais bonitos.

Às vezes fico meio cansada,
sofrida e com a sensação do nada.
Paro, penso e me repreendo, dizendo:
Você já devia estar acostumada!

Mesmo assim continuo a caminhada
sem projetar, sem pesquisar,
sem pretender e sem almejar
só me deixando levar...

Nas asas do destino,
por estradas com dálias e espinhos,
guiando-me apenas pelo instinto,
de sobrevivência necessária.

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Praia de Candeias - PE
Nas '' Asas do Destino'' 
28.12.2014

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sábado, 27 de dezembro de 2014

NUM SÁBADO A NOITE



NUM SÁBADO A NOITE 
Ysolda Cabral


Ondas de tristeza e de melancolia,
pairam no ar num sábado sem alegria.
Há um que de mistério que se aproxima,
e me faz desejar a sua companhia... 

Penso na minha Hortelã e no dia
que fui embora sem saber para onde ia.
Levava apenas meu violão sem saber se podia
ainda dedilhar suas cordas e se devia...

Compor uma canção eu queria!
Uma canção alegre, extrovertida,
que fizesse as pessoas mais divertidas,
felizes, cantantes e dançarinas...

Mas, compus canções sem serventia,
a não ser a de me fazerem companhia,
quando essa tristeza doentia,
me faz morrer ao me saber sozinha.

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Praia de Candeia-PE
''Nos Embalos dos Sábados a Noite’’
27.12.2014


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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

HOJE SEREI FELIZ




HOJE SEREI FELIZ 

Ysolda Cabral 


De repente o horizonte abre todo. 
Maravilhada vejo o meu Mar brilhar! 
Seria purpurina ou pingos de ouro, 
do pote do arco-íris a respingar?... 

Embevecida a olhar a manhã que se firma, 
sinto que através das janelas, minhas íris, 
também brilham, reluzindo o amarelo. 
Me sinto abençoada e começo a rezar. 

E rezo vendo o dia à minha frente raiar 
tão lindo, tão perfeito e tão transparente 
que só me resta reverenciar a Vida e chorar... 
Chorar com emoção forte e consciente. 

Consciente de que, apesar de tanto entrave, 
de tanta dificuldade, de tantos altos e baixos 
nas estradas percorridas para o quase nada; 
ainda me sinto uma menina de verdade... 

E me sentindo desta forma, 
a esperança em mim se renova, 
E não é que tudo fica com sentido e lógica! 
Até a minha fé nas pessoas volta! 

Sorrindo para a Vida, abraço o dia lindo 
e lhe canto uma canção que diz: 

'' Se sou assim, muito feliz 
é o meu destino que sempre quis... 
Vivo a cantar, brincar também 
Só uma coisa vou confessar: '' 
Que rogo a Deus não mais amar!... 

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Praia de Candeias-PE 
Amanhecer de 15.12.2014 
2ª Feira

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

MANHÃ DE SOL ACANHADO - ORAÇÃO


MANHÃ DE SOL ACANHADO
Ysolda Cabral 


Oh! Senhor,
Que esta manhã de sol acanhado,
seja prenúncio de um dia de muita paz.
Um dia sem sobressaltos,
sem competições desleais.
E, principalmente, sem eventos ruins.

Oh! Senhor,
Que esta manhã de sol acanhado,
o dia transcorra calmo, e que, as indiferenças,
as ofensas sejam esquecidas,
as injustiças ignoradas e perdoadas.

Oh! Senhor,
Que esta manhã de sol acanhado,
nos traga um dia bom e produtivo,
sem atribulações, indignações,
perseguições, ajustes de contas descabidos
e motivo de se maldizer a sorte.

Oh! Senhor,
Que nesta manhã de sol acanhado,
o dia aconteça da forma mais leve
e mais bonita, independente da meteorologia,
e que, a música que escuto agora,
invada todos os corações de alegria.

Oh! Senhor,
Pelo dia de hoje,
apesar da manhã de sol acanhado,
Lhe agradeço e por ele dou Graças.
Amém!

++++++++++

Praia de Candeias - PE
Em 27.11.2014 - 5a. Feira


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Publicado no Recanto das Letras
Em 27/11/2014
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terça-feira, 25 de novembro de 2014

CARTA À ANGELINI / CARTA RESPOSTA - YSOLDA CABRAL E FLÁVIA ANGELINI





CARTA À ANGELINI
Ysolda Cabral


Há quantas luas não tenho notícias tuas?
Ora, se somos dos mares timoneiras,
- eu limitada ao Mar de Candeias - ,
me responda até a próxima Lua cheia:

Por onde navegaste todo esse tempo?
Gostaria de saber tudo em detalhe.
Quanto à minha curiosidade, não ralhe!
Esqueça as arestas! Fale-me do Vento.

Quem sabe, assim eu não viaje?
Uma bela viagem pelos mares da poesia.
Quanto ao destino? Aquele que nos leve à alegria.
Itinerários de tristeza? Esqueça! Há desgaste.

Assim, comemoremos às letras dando vivas,
e com sabedoria aproveitaremos todos os dias
para falar do amor pela Vida e pela poesia,
cantando, em dueto, nossas singelas fantasias.

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Praia de Candeias-PE
Em missiva de saudade da amiga
Em 25.10.2014




CARTA RESPOSTA 
Flávia Angelini 


Foram tantos os caminhos…
Andei pelo sorriso da lua até perceber
que seus ciclos não são infinitos.

Viajei pelas lágrimas do sol
e as sequei como areias de deserto.
Naveguei por mares sem fim
em busca dos segredos das conchas
e neles esfolei-me e tornei-me bela.

Andei por ruas e rostos
como se rugas trouxessem caminhos.
Pedi ao vento que passava
uma direção que negou-me a visão.

Busquei a segurança da caverna
que mascarou a verdade
e a feriu com a rosa vermelha.

Então a chuva veio nesta direção
e lavou o sorriso com as lágrimas do sol.
O segredo da concha
sorveu a areia do deserto
e perpetuou em papel de rugas.

Para colorir a verdade
implorei ao vento desfolhar os olhos
e os fez brilhar em arco íris
para respostas despontar
que me levaram ao cair do sol das noites de Outono
onde vislumbrei o céu chamejar 
para descobrir que refletia 
o cravo vermelho em meu peregrinar… 
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Flávia Angelini 
Porto Alegre/RS/Brasil
Em 25.11.2014



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Link para acesso a Escrivaninha da
telentosa poetisa, FLÁVIA ANGELINI:
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=55637


Ysolda Cabral e Flavia Angelini

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Publicado no Recanto das Letras 
Em 25/11/2014

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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

ESTOU AQUI


ESTOU AQUI
Ysolda Cabral


Com o olhar perdido em algum lugar,
Os pensamentos, numa rapidez supersônica,
Vão do antes do útero da mãe
Ao infinito do inexplicável absurdo.

Surdo, mudo, luto.
Não respiro!
Transpiro o mundo...

Estou no fundo.
O sentimento é profundo;
Meu tudo.

De repente, o silêncio incomoda,
Sacode-me, me acorda...
De súbito, dou um pulo e grito:

Ei, ainda estou aqui,
Bem aqui neste mundo!

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Praia de Candeias-PE
Em Reedição Matutina 
18.07.2014

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Publicada no Recanto das Letras
Em 18/11/2014
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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

NOSSO BEM MAIS PRECIOSO (CRÔNICA)





NOSSO BEM MAIS PRECIOSO
Ysolda Cabral


Sinto-me neste momento terrivelmente frágil e sozinha. Há um silêncio que a música suavemente preenche fazendo a minha alma se sentir um pouco mais reconfortada. Ao mesmo tempo em que me sinto só, me sinto repleta de amor pela Vida. O fato é que estou com a sensibilidade à flor da pele mais que o normal. Sei que logo estarei bem. Preciso apenas me dar um tempinho para digerir os acontecimentos dos últimos dias.

Ah, é tanta coisa que perturba minha mente neste instante!

Não sei a razão das pessoas se incomodarem tanto com a minha maneira de ser e de viver!... Por que não entendem que gosto da minha reclusão? Gosto de ser assim! Ficam me cobrando saídas, viagens, passeios, visitas... Eu gosto de estar no meu canto com minha filha, junto ao Mar, junto à ‘’Pousada de Passarinhos,’’ a qual tanto me encanta, com suas apresentações diárias do seu maravilhoso coral que, cedinho, me acorda para o trabalho e ao entardecer não me deixa esquecer a hora da oração, da conversa com Deus... Às vezes pego o violão e canto uma canção, dedilhando devagarzinho. O Coral faz refrão! Sei que faz. Eu me sinto tão em paz!

O fato é que, realmente, estou triste e muito triste. Afora o fato de ser domingo e o domingo sempre me deprimir, perdi a amizade de um amigo, por demais querido, por razões que não saberia nem precisar... E, como se não bastasse, hoje ao chegar à casa de minha tia, irmã de minha mãe, a qual amo muito, também, e que não via a um tempo considerável, levei a maior bronca por não estar com ela mais amiúde, já que tem problemas de locomoção e não pode vir aqui. - Será que também perdi a sua amizade?...

Eu tenho consciência de que, dentro de minhas limitações, que não são poucas, eu cultivo a plantinha da amizade com muito cuidado, carinho, dedicação, fidelidade, honestidade e correção. Entretanto, a gente nunca agrada cem por cento e as pessoas sempre querem ser agradadas e compreendidas muito mais que agradam e compreendem, inclusive eu.

Estou triste, muito triste, é verdade! Mas, sorrio para a Vida! Ela é o nosso bem mais precioso e o amanhã é sempre outro dia...

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Praia de Candeias-PE
Entardecer de Domingo
16.11.2014

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Publicada no Recanto das Letras 
Em 16/11/2014
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PRECISO DO MAR



PRECISO DO MAR
Ysolda Cabral


Estava dormindo,
Acordei...

Tentei dormir novamente,
Não consegui...

Recorri à música pra relaxar,
Não foi possível escutar...

Resolvi sonhar,
Calei...

Procurei um sonho,
Não encontrei...

Perdi a capacidade de sonhar;
Constatei.

Preciso do Mar!

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Praia de Candeias-PE
Em reedição no ''Raiá do Sol''
16.11.2014

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Com Dorival Caymmi de fundo musical...
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Em 16/11/2014
Código do texto: T5037014 
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sábado, 15 de novembro de 2014

UM BALDE D’AGUA, POR FAVOR!



UM BALDE D’AGUA, POR FAVOR!
Ysolda Cabral



Ah, coração tresloucado, atrapalhado!
O que faço com aquele vestido dourado,
Amassado, manchado pelo desencanto
há anos no guarda-roupa guardado?...


O bom senso me diz pra lavá-lo...
Para retirar dele o perfume usado
naquela noite de Céu Estrelado...
Sei o que devo fazer, mas não faço.


Preciso acordar do sonho inventado,
quando a poesia sorrateira me tomou.
Ou, de um balde d’agua bem gelado.
Alguém pode me trazer um, por favor?


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Praia de Candeias-PE
Precisando de refresco
15.11.2014

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Publicada no Recanto das Letras 
Em 15/11/2014
Código do texto: T5036814 
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PROCLAMAÇÃO DO NADA




PROCLAMAÇÃO DO NADA 
Ysolda Cabral 


Não quero saber mais do andar do tempo!
Para mim ele parou aqui e agora.
E o agora é o que importa, não é mesmo?
Mas, ao abrir esta porta o agora acabou...
O que faço nesta hora?

Ora, se não sou presente e nem passado, 
e se o futuro, que nem chegou,
já foi com o tempo embora;
o que eu sou no contexto deste texto?
Proclamo que sou nada.

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Praia de Candeias-PE
Madrugada de 15.11.2014
Em proclamação do que sou. 

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Publicado no Recanto das Letras
 Em 15/11/2014
Código do texto: T5035779 
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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

MINHAS COMBINAÇÕES

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MINHAS COMBINAÇÕES

Ysolda Cabral


Há seda para saciar a cede
de devaneios no cetim.
Com debrum em organsim,
branco, azul, róseo e verde...
Minhas combinações são assim:

Coloridas, impulsivas...
Ousadas, desassombradas!
Elas são bonitas e bem femininas.
Acontecem todos os dias.
E, com elas voo alto... 

Quando me levam para o asfalto,
em pouso suave ou em queda livre,
o impacto é amortecido por bordados
de flocos de espuma e algodão.
Não me firo e me digo: respire! 

Bordados bem distribuídos,
caprichosamente alinhavados, 
com esmero e muito cuidado,
no ateliê da minha imaginação;
amparam quedas e frustrações.

Ah, essas minhas combinações!
Por serem usadas em demasia,
estão verdadeiramente gastas, surradas.
Precisam de urgente renovação.
Por onde andará a minha inspiração?


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Praia de Candeias-PE
Em devaneios de 6a.feira
14.11.2014

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Em 14/11/2014
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domingo, 9 de novembro de 2014

ORAÇÃO DO ENTARDECER




ORAÇÃO DO ENTARDECER
Ysolda Cabral


No entardecer de mim...
Que eu não perca a sensibilidade,
Que eu não perca a alegria e nem o bom humor,
Que a esperança sempre acalente meu coração,
Que os sonhos sejam sempre suaves e lindos,
Que os pesadelos sejam totalmente banidos.

No entardecer de mim...
Que eu não tema o que virá,
Que os Raios de Sol sejam sentidos,
Tanto quando os Raios do Luar,
Se não puderem ser vistos.

No entardecer de mim...
Que a música esteja na minha alma,
Se não for mais ouvida;
Que o perfume das flores seja percebido,
Se perder também o olfato;
Que a suavidade da rosa seja sentida;
Mesmo que eu perca o tato.

No entardecer de mim...
Que eu não perca a sanidade,
E caso assim aconteça;
Que o amor de Deus
E a fé que sempre tive Nele;
Me sustente até o fim.

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Praia de Candeias-PE
Em reedição 
No entardecer de domingo
09.11.2014

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Em 09/11/2014
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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

APENAS UTOPIA ( PENSAMENTO)



APENAS UTOPIA 
Ysolda Cabral 


Em mundos diferentes
não há comunhão por mais que se tente.
E quem disser o contrário é inocente,
ou vive na mais pura ilusão.

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Praia de Candeias-PE
filosofando a 6a.feira
07.11.2014

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Publicado no Recanto das Letras
Em 07/11/2014
Código do texto: T5027223 
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POESIA E CONVICÇÃO




POESIA E CONVICÇÃO
Ysolda Cabral


Sem pontos e sem vírgulas
De pequenas frases sem rima 
E de fácil interpretação

Sem direcionamento
Sem nenhuma pretensão
Minha poesia é mar de ilusão

Estando triste
Ela é sorriso que alegra o coração
Caso contrário é terapia e proteção

Não há contradição no que digo
E nem faço segredo daquilo que sinto
Sou pecado e oração

Entretanto há um pequeno porém
Que afirmo com toda convicção 
Minha poesia é puro sentimento e emoção


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Praia de Candeias-PE
6a.feira - 07.11.2014

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Publicada no Recanto das Letras
Em 07/11/2014

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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

CASA EM RUINA


CASA EM RUINA 
Ysolda Cabral 


Na divisa do Dia com a Noite
A Lua cheia vela contida
A estranha casa em ruína 
Sem censurar o Mar pelo açoite

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Praia de Candeias-PE
05.11.2014

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Publicado no Recanto das Letras
Em 05/11/2014
Código do texto: T5024911 
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terça-feira, 4 de novembro de 2014

CURIOSIDADES DO MUNDO INFANTIL - CRÔNICA




CURIOSIDADES DO MUNDO INFANTIL
Ysolda Cabral



"Mamãe, cadê a minha danda? Eu quero a minha danda! Como vou para o colégio sem a minha danda?!"

Sem saber o que era danda, mamãe procurava por toda casa alguma coisa que pudesse ser uma danda. Desamparada, desconsolada e de cara inchada de tanto chorar, me deixava levar para o colégio. Até que amanheceu chovendo e mamãe descobriu que a danda era a minha linda sombrinha colorida.

Já o meu irmão, aos quatro anos, queria, porque queria, saber a razão da galinha não ter alma; da vizinha negra, com marido branco, ter filhos brancos e negros, e por aí a conversa começava...

Minha filha, aos três anos, queria que eu desse um jeito de mandar fazer um transplante de bondade na coleguinha que vivia mordendo e batendo em todo mundo na escola.

Minha sobrinha, com quatro anos, queria que minha irmã fosse educar os filhos da vizinha a qualquer custo, para que eles parassem de arengar, e não entendia por que minha irmã não ia.

Já minha colega de trabalho foi buscar a filha de dois anos e quatro meses na escola, e ela cismou que só sairia de lá com o pípele. "Pípele?!! Mas, afinal, o que é pípele?" "É pípele!! E eu quero ele!! Mamãe, vá buscar o meu pípele!!" Fincou pé - daquele jeito ''daqui não saio, daqui ninguém me tira'' - até que o pai, cansado de esperar no estacionamento, resolveu verificar o que se passava. Ao se aproximar, a filha feliz da vida, gritou: ''meu pípele!'' Foi assim que minha colega compreendeu que pípele era princípe. O princípe encantado das histórias infantis da maioria das meninas.

O filho da outra colega, de quatro anos, queria saber a razão dos passarinhos não levarem choque nos fios de alta tensão espalhados por toda cidade...

Diante de tantas evidências,de tantos fatos concretos, concluo que desde a mais tenra idade somos criativos, curiosos, seletivos, sedentos de atenção, de carinho, e extremamente necessitados de sermos compreendidos, muito antes de compreender.

Então, do mundo infantil para o mundo adulto pouca coisa muda, a não ser as marcas do tempo.

Até que enfim descobri o que sou: sou menina desde pequena!

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Praia de Candeias-PE
Em ondas de birras infantis
3ª. Feira - 04.11.2014

Publicada no Recanto das Letras
Em  04/11/2014
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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

MUNDOS PARALELOS ( CRÔNICA )


MUNDOS PARALELOS
Ysolda Cabral



Dormia tranquilamente quando de súbito acordei assustada, suada, cansada…. Atordoada eu não sabia onde estava, nem para onde estava indo ou de onde estava vindo, muito menos se estava dormindo ou acordada. Lembro de ter respirado lentamente e o perfume que senti não foi o da minha hortelã, - nos separamos há pouco mais de um ano. Foi o cheiro do Mar. Aliviada compreendi ser ele o meu Anjo de Guarda. Sorrindo feliz voltei a dormir, ou acordei para um mundo diferente daquele que eu estava acostumada.

Agora, creio que acordada, refletindo sobre o ocorrido, concluo; o sono é transporte para mundos paralelos que chamamos de sonho, pesadelo ou coisa que o valha. - Ou será que estou dormindo?

Realidade o que será? Onde está? É palpável? - Quem vai saber! - Ora, se os mundos se diferem, porém se conectam nas necessidades de todos os seres do planeta; como de alguma coisa e/ou sentimento, ter certeza?

Entretanto, o que me ocorre neste instante, é recomendar não haver juras de amor eterno. Vai que quando você chegar no lado de lá encontre, das promessas, todas as esperas?! Como honrar o cumprimento da jura, da promessa, da palavra empenhada? Se multiplicar, creio não ser possível. - Nunca ouvi falar em alma clonada ou repartida em pedacinhos!

Já ouvi falar de almas penadas...

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Praia de Candeias-PE (?)
Em 31.10.2014 - 6a. Feira de reflexão.
Ou será sábado? - Que confusão!

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Publicada no Recanto das Letras 
Em 31/10/2014
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PERNAMBUCANA POR AMOR E OPÇÃO (CRÔNICA)




PERNAMBUCANA POR AMOR E OPÇÃO
Ysolda Cabral 




Acabo de conhecer Júlia! Não sei o seu sobrenome e nem muita coisa sobre ela. O que sei é que nunca conheci ninguém tão apaixonada por Pernambuco e tão orgulhosa de ser nordestina, mesmo sendo natural do Rio de Janeiro. Júlia é festa! É a encarnação da alegria de viver!

Ao se sentar junto a mim, senti uma energia boa e não me importei dela quase me espremer junto à janela. É espaçosa por natureza e tem consciência disso. Sabe que pode e se sente à vontade para causar alegria em quem tem a sorte de conhecê-la. Fácil foi entabular conversa com ela que, inicialmente, versou sobre a direção perigosa do motorista do ônibus que nos conduzia no trajeto casa/trabalho. A partir daí, Júlia tomou as rédeas da conversação. Enveredando pelo mundo da política, em poucos minutos aprendi mais com ela do que aprendi, em toda a minha vida, lendo jornais e revistas.

Bonita, elegante, inteligente, articulada e muito bem-humorada, ela sabe, como ninguém, colocar o ''palavrão'' dentro do contexto da conversação. E de maneira tão apropriada, que a completa de forma ímpar! Houve momentos em que conjecturei se não estava escutando uma nova palavra e se não devia acrescentá-la ao meu vocabulário.

Júlia é vida em profusão e movimento!

Há tanta vida nela que esqueci até da existência da morte!...

O ponto alto de nossa conversa foi quando lhe perguntei o que era feito da nossa ex-primeira dama, Ruth Cardoso, e ela, entre a gargalhada homérica e a estupefação, me respondeu: '' MORREU! '' Como se não bastasse, eu ainda arrematei: "É isso mesmo! Ela morreu de câncer!" Júlia sequer pode me responder, do tanto que ria!

Agora estou aqui a matutar comigo mesma se esqueci ou se realmente não sabia que a dona Ruth Cardoso já não está mais entre nós desde o ano de 2008... E o pior: ela morreu de um infarto fulminante e não de câncer, como informei, me achando dona do pedaço. É mole?

Ah, essa minha santa alienação ainda me mata de vergonha!

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Recife-PE
Fechando Outubro com mico dobrado
Em 30.10..2014
5a.Feira

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Recanto das Letras 
Em 30/10/2014
Código do texto: T5017055 
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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

LÁGRIMAS QUE SALGAM O SORRISO (PROSA POÉTICA)



LÁGRIMAS QUE SALGAM O SORRISO
Ysolda Cabral 




A segunda amanheceu quietinha quase imperceptível. O silêncio benfazejo e reparador, só interrompido pelo bater das asas dos pombos, pelo canto dos passarinhos e pelo murmúrio das ondas do Mar, me convidou à oração, à reflexão...

Sentindo o amor que há em mim me confortar do medo do desconhecido e da saudade de um tempo que sonhei, pensando tudo ser possível, choro e logo sorrio pronta para começar o dia. 

E eis que começo escrevendo bobagens que me ajudam a viver e a colocar as emoções em seus devidos lugares. - Por vezes a tempestade na alma é forte e demora a passar. Quando passa, a sensação de cansaço é tão grande que me deixo ficar num canto qualquer completamente indefesa e a mercê da sorte. 

E eis que ela me chega pela janela...

Um passarinho, do papinho amarelo, atrevido e corajoso, pousa no meu ombro, brinca com os meus cabelos e rápido vai embora...

As lágrimas salgam o sorriso, mas não tiram o doce sabor do ontem.

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Praia de Candeias-PE
Em 27.10.2014
Amanhecer de 2ª Feira

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Publicada no Recanto das Letras 
Em 27/10/2014
Código do texto: T5013331 
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domingo, 26 de outubro de 2014

DILMA ROUSSEFF X AÉCIO NEVES (MENSAGEM)




DILMA ROUSSEFF X AÉCIO NEVES 

Ysolda Cabral




Finalmente o grande dia chegou. Graças a Deus! Não suportava mais assistir tantas brigas, acusações, desenlaces por conta de política. Não importa quem será eleito, o que importa é que o eleito faça um governo competente, honesto, integro... Sei que é utopia, mas não custa torcer e rezar para que isso aconteça afinal Deus é brasileiro ou não é? Vá! Se arrume! Se ajeite bem bonito e convicto de que está fazendo a melhor escolha para o Brasil e corra para a urna. Depois relaxe, mas fique atento no decorrer do mandato para que na próxima eleição as perspectivas de escolha sejam mais seguras. Ah, nada de picuinhas, nada mais de brigas. Chega! Sei que não entendo de política, mas entendo de honestidade, sinceridade, educação, integridade, honra e amor pela pátria, e na minha visão o que falta neste país é mais educação, a começar da doméstica. Atenção, novos casais! Invistam em seus filhos desde cedo, desde casa, desde agora para que num futuro próximo o povo brasileiro possa viver num país sem tanta violência, sem tantos enriquecimentos ilícitos e sem tantos escândalos. E lá vamos nós!

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Praia de Candeias-PE
Em rítmo de eleição presidencial
Domingo - 26.10.2014

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Publicada no Recanto das Letras 
Em 26/10/2014
Código do texto: T5012615 
Classificação de conteúdo: seguro

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Comentários importantes de escritores e poetas do RL


Comentários

26/10/2014 18:24 - Eemanuel
Bela mensagem . Bjs no coração

26/10/2014 17:13 - Maurício de Oliveira
Deste jeito esperamos querida amiga!!! Deus abençoe o Brasil!!! Acabei de postar um humor sobre sem ofensas é claro!!! Beijos te adoro menina.

26/10/2014 16:41 - jcoelho
Parabéns, querida amiga Ysolda, pela sua magnífica mensagem. Um forte abraço e Deus lhe abençoe e proteja o nosso Brasil.

26/10/2014 15:32 - Sô Lalá
Boa tarde Ysolda. Verdades incontestes. Um abraço.

26/10/2014 15:30 - Raimundo Antonio de Souza Lopes
Isso, Ysolda... Precisamos acabar com essa história de levar vantagem em tudo. Na verdade perdemos todas as vezes que fazemos isso. Se usarmos a honestidade, no nosso dia a dia, sem deixarmos de lado a ética e os princípios morais, essa nação tem jeito e o cidadão que for nos representar pensará duas vezes antes de tentar se apropriar da coisa pública. Mas, para isso, devemos entender que, aquilo que não queremos para nós, o nosso próximo quererá muito menos. Somos seres coletivos e tudo que atinge o nosso vizinho, um dia acabará nos atingindo também. Mesmo que levemos vantagens em tudo. Abraço,s Raí

26/10/2014 15:04 - Elisabeth Amorim
Ysolda, aplausos de pé! Pois finalmente uma mensagem sem "puxar" para determinado candidato. Tens razão, precisamos de um país mais educado, respeitador, ético. Porque durante todo esse percurso eleitoral, vimos muita agressividade e falta de respeito. E que o(a) vencedor(a) faça o que se prometeu para termos um pais mais digno. Abraços,

26/10/2014 15:03 - Charles Lima
De fato minha querida! Concordo! Abraços e Deus te abençoe! Charles Lima

26/10/2014 14:48 - ANA LUCIA S PAIVA
CONCORDO ,SEI QUE É DIFÍCIL ACABAR COM A A CORRUPÇÃO MAS PODEMOS DIMINUI-LA NO VOTO.CHEGA DE PAGAR TANTO IMPOSTO PARA JOGAR EM OUTRAS MÃOS QUE NÃO SEJA DO BRASILEIRO.UM ABRAÇO FRATERNO BJS.




CADÊ O JARDIM? ( PROSA POÉTICA )



CADÊ O JARDIM?
Ysolda Cabral



No meio do caos no jardim há um cântico novo, mas difícil de assimilar. A questão não é auditiva!... É algo muito além da compreensão. Seria um instrumento ou um rouxinol da Terra do Nunca? Talvez duendes? Quem sabe!... Parece triste e belo - não devia existir beleza na tristeza... Fico atenta e uma cigarra desafinada interfere no concerto em apresentação e tudo paira no ar como ameaça. O silêncio se impõe e o desconhecido é novamente escutado me fazendo lembrar da velha caldeira certa feita ali colocada, enquanto aguardava a coleta para o desmanche num ferro velho qualquer. Cadê o verde do jardim? Cadê as flores, as borboletas, os pássaros, as joaninhas tão meigas, tão fiéis, tão sinceras, tão compreensivas e tão amigas? Cadê os bancos, onde a gente se sentava para se refrescar em manhãs de muito calor, enquanto conversávamos com algum amigo? De repente percebo que agora há um cântico ainda mais triste e ele vem do meu peito que sangra de dor.

Cadê o jardim, me respondam por favor!


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Praia de Candeias-PE
Em reflexão sobre a escassez
d'agua no planeta
26.10.2014

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Publicada no Recanto das Letras
Em 26/10/2014
Código do texto: T5012527 
Classificação de conteúdo: seguro