sábado, 28 de novembro de 2015

SÁBADO NO MORRO DA CONCEIÇÃO





SÁBADO NO MORRO DA CONCEIÇÃO
Ysolda Cabral



Os pássaros me acordaram na hora de todos os dias, com seu canto alegre e cheio de vida. Deixei-me ficar na cama, sem pressa alguma de levantar. Terminei por dormir novamente, assim que o coral levantou vôo e foi cantar noutro lugar.

Por volta das nove horas, acordei e, não sei se em sonho ou realidade, me vi a viver uma situação inusitada, entre a extrema alegria e a extrema tristeza. Ambas a se confrontarem de maneira nunca sentida, percebida, vivenciada... Sorri, chorei, agradeci e levantei.

Levantei determinada a esquecer todas as tarefas do sábado para ir ter com Nossa Senhora da Conceição, lá no Morro da Conceição, no bairro de Casa Amarela, onde estive tantas vezes em momentos de tristeza, de desespero, de muita dor e também de alegria para agradecer por graças alcançadas, recebidas...

Depois que mamãe se foi, passei a ir sozinha até o Morro, mas hoje chamei minha filha que, sem questionar absolutamente nada, concordou, de pronto, a me acompanhar.

Chegamos lá quase meio dia, e, sob um Sol extremamente forte e um Céu azul, sem nuvens, lá estava Ela mais linda que nunca! – Como senti paz, fé e confiança!

Sei perfeitamente se tratar de uma imagem, uma bela imagem, mas o fato é que algo de inexplicável a gente sente aos seus pés. Algo que renova nossas esperanças e alivia nossas dores. Algo que nos acalma e nos torna mais fortes para enfrentar as dificuldades que chegam sem avisar. Algo que nos ensina que, através da fé, podemos superar tudo e a esperança é quase palpável. 

No momento em que chegamos estava sendo rezada uma missa e foi muito bom rezar junto com os fiéis ali presentes, tendo no vitral, a nossa frente, à visão da Mãe de Deus, entre o Céu e nós, em nossas orações meio atordoadas, confusas, carentes de esclarecimento, Luz, esperança, cura e renovação...

Saímos dali confiantes de que a Vida é muito mais do que aquilo que entendemos dela e que nada, absolutamente nada, acontece por acaso. - Deus está no comando e é preciso que confiemos Nele para que tudo seja feito de acordo com a Sua Vontade e da melhor forma possível.

Despedimo-nos de Sua Mãe convictas de que, logo estaremos de volta, desta feita para agradecer por mais bênçãos recebidas. - Recebidas pela Sua intercessão, por nós, junto ao Seu Filho Jesus.



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Do Morro da Conceição
Em 28.11.2015
A poucos dias do Natal
Yauanna e Ysolda


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LUA CHEIA

E o final de semana começa com uma Lua
escandalosamente linda no Céu de Candeias.
A noite promete!... E por falar em Lua...




LUA CHEIA
Ysolda Cabral


Minha Vida é arte pura!...
Arte de enganar a tristeza,
quando no Céu está cheia a Lua.
Solidão não combina com beleza!


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Inspirada na poesia '' CRÍTICAS''
do talentoso poeta recantista,

Código do texto: T5463065 
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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

ÚLTIMO CANTO DA CIGARRA





ÚLTIMO CANTO DA CIGARRA
Ysolda Cabral


Sonolenta, escuto um canto! Canto que não identifico e que não me deixa cochilar, - ainda bem, pois estou em pleno horário de trabalho. A minha frente, um novo colega chama minha atenção pelo semblante jovem, bonito, extremamente calmo, e pelo seu brilho natural, nada ofuscado pelo brilho do seu brinco.

Pela belíssima cor da sua pele e pela serenidade do seu porte, o imagino nascido na Bahia de Todos os Santos.

O sono passa, aguço os sentidos e o observo, enquanto escuto o canto que, ora canta e silencia me fazendo alegre e triste a cada instante, a me lembrar da primeira vez que fui a Bahia.

Na época eu estava tão apaixonada que, a cidade do São Salvador, me pareceu um conto, quase de fadas já conhecido, antecipadamente, nos livros de Jorge Amado. Eu me sentia a própria dona Flor, mas apenas com um marido. Na realidade, um noivo, que viria a ser o meu marido e pai de minha filha, pouco tempo depois.

- Ah, a Bahia tem um jeito!...
Pois é! Um jeito, um cheiro que ninguém esquece...

E, continuei escutando o canto, para mim desconhecido, ou não lembrado, atenta as feições do meu colega. De repente peço autorização para lhe fotografar, nem sabia a razão daquele pedido. Creio que senti precisar registrar aquele momento de reflexão e lembranças, quase esquecidas, mas antigas lembranças bonitas...

O fotografo e guardo comigo o momento de reflexão feita numa fração de segundo, ou de um clic, e observo-lhe:

- Jefferson, que canto mais bonito!
Você está ouvindo?
- Estou sim!
É o canto da cigarra indo embora...
- Indo embora para onde? Pergunto temerosa.
E ele calmamente me responde: 
- Indo embora desta Vida.

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Crea-PE
Em 26.11.2015
5ª. Feira

*Dedico esta crônica ao colega de trabalho, Jefferson Leonardo, cearense de nascimento, pernambucano e baiano de coração, que me levou a escrevê-la, num momento de muita emoção. 

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INTEIRA, LEVE E SOLTA



INTEIRA, LEVE E SOLTA
Ysolda Cabral


Ontem, em algum momento,
o Tempo, no seu caminhar parou.
Não se percebia movimento,
até porque não existia Vento.
E o silêncio se firmou...

Olhando no espelho,
perscrutei a minha alma,
supostamente dentro do meu corpo,
perguntando com muita calma:
de quem é esse rosto?...

Ele, serenamente me sorriu,
como quem diz: deixa de ser boba!
E me respondeu com gosto:
você, apenas se partiu!...
Acordei inteira, leve e solta.

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Praia de Candeias-PE
No azul amanhecer de 5a.Feira
Em 26.11.2015


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domingo, 22 de novembro de 2015

ENTARDECER DE DOMINGO




ENTARDECER DE DOMINGO
Ysolda Cabral



Falando e escrevendo bobagens,
vou compondo a minha lira,
sem objetivo e sem muito sentido,
muitas vezes me expondo ao ridículo.

Por vezes penso em parar de vez...
Quem sabe amanhã ou depois, talvez
eu pare e não escreva nem uma linha mais;
mesmo sabendo que vou sofrer demais.

Contudo, desde quando não sofri?
Em que momento fui completamente feliz?
Ah, o entardecer do domingo,
sempre me deixa triste e infeliz!

Sei que não estou só neste momento!
Sinto que algo ou alguém está comigo...
Mas, olho ao meu redor e não vejo ninguém,
a não ser a vontade do silêncio que me vem.

Olho para os Céus, ainda sem Estrelas,
com uma Lua que me espreita,
a espera de algo que faça sentido...
Eu paro, penso um bocado e nada digo. 

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Praia de Candeias-PE
Em 22.11.2015

Para escutar a música de fundo, acesse:

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ENCONTROS INEXPLICÁVEIS



ENCONTROS INEXPLICÁVEIS 
Ysolda Cabral 



O dia amanheceu hoje, em mim, na paz do silêncio da minha benfazeja solidão. O dia, eu, os pássaros, o Mar e Deus. Nem tanta solidão assim, a bem da verdade!... Lembrei de uma indicação de leitura que recebi e resolvi começar o meu dia por aí.

''O PARAPEITO DA PONTE'', do talentoso poeta escritor, Marco Rocca, conto que fala de um encontro, entre dois desconhecidos, que se abrigam da chuva repentina no parapeito de uma ponte qualquer e do que conversam. A narrativa prende a atenção do leitor do começo ao fim. Quando terminei, com gosto de quero mais, lembrei de um fato acontecido comigo recentemente e fiquei a refletir como a vida é, no mínimo, curiosa!No último dia nove, segunda-feira, fui até a área de lazer do prédio em que moro, para regar as plantas, e ao abrir o portão, por pouco, não pisei num pombo que, quase morto, ali se encontrava. 

Pedindo que se afastasse para que eu pudesse passar, ele se arrastou para um cantinho. Foi quando percebi que estava com uma patinha machucada e as suas asas haviam sido cortadas. 

Senti-me muito mal e desorientada, e, sem saber o que fazer, deixei-o ali, ignorando os avisos do quanto pombo é transmissor de doenças e etc. e tal.

No dia seguinte fui ver como estava. Ele estava muito mal, muito mal mesmo e nem sei como conseguiu se abrigar atrás da pia do banheiro, ali existente, cuja porta sempre fica aberta.

Mais que depressa fui pegar água e comida, me condenando por não ter feito isso na noite anterior. A partir desse instante, fiquei atenta para que de fome não morresse.

Exatamente oito dias depois, percebi que ele se recuperava, pois sempre que chegava perto, ele dava pequenos vôos, como para me mostrar que suas asas já cresciam. Na quinta-feira, dia 19, antes de ir trabalhar, fui vê-lo e o sentindo bastante forte, lhe falei seriamente:

- Ô pombinho, você já está quase bom. Até já está saindo da ‘’UTI’’! Então preste atenção: Amanhã o zelador vem fazer a limpeza do prédio e vai lavar este banheiro. É bom você não estar mais aqui! Considere-se de alta!

Ele ficou me olhando atentamente e assim ficou até me ver ir embora. - Aquele olhar tranquilo, mas enigmático, ficou em mim durante todo o dia.

Será que ele havia ficado triste comigo, ou aquele olhar era de agradecimento? Não sei! Só sei que eu estava feliz por ele não ter morrido. 

Na sexta-feira, logo cedinho, antes de ir trabalhar e antes que o zelador chegasse, fui vê-lo... 

Ele tinha ido embora!...

Sentindo uma lágrima no rosto, sorri. 

A vida é mesmo surpreendente! 

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Praia de Candeias-PE
Em 22.09.2015 (domingo)

* Para ler o conto, clique no título. 

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sábado, 21 de novembro de 2015

BATUCADA



BATUCADA
Ysolda Cabral


TUM, TUM, TUM
TIC, TAC,TIC, TAC 
TUM, TUM, TUM
TIC, TAC, TIC, TAC

Atenção!
Não é o Olodum.

É o relógio e o coração,
fazendo a percussão,
de uma nova canção,
na manhã de sábado. 

No coro, as ondas do Mar,
fazem o refrão com perfeição.
Eu fico a considerar...
Será porque hoje é sábado?...

Será que me convém cantar?
Sempre fui tão desafinada!
Melhor, definitivamente, calar
e esquecer que hoje é sábado.

TUM, TUM, TUM
TIC, TAC,TIC, TAC 
TUM, TUM, TUM
TIC, TAC, TIC, TAC

E lá vou eu a dançar pela casa...

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Praia de Candeias-PE
Ao som do Olodum
Em 21.11.2015


Para escutar a batucada, acesse: 

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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

EM SOBRESSALTO

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EM SOBRESSALTO
Ysolda Cabral


No dia mais que lindo,
surpreendentemente calmo,
não escuto nem ruído!
Fico em sobressalto...

Avenida toda limpa,
quase sem nenhum carro!
Eu nunca tinha visto.
Apresso os passos...

As acácias estão floridas!
Há vermelhas, amarelas e lilases.
Todas lindas! Tão lindas!...

O Sol reflete no asfalto,
um beija-flor que paira,
sobre a minha cabeça...
Sorrio e me refaço!

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Bairro do Espinheiro
Recife -PE
Em 20.11.2015 (11h)
Apenas Ysolda
http://www.ysoldacabral.prosaeverso.net

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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

NÃO MINTO




NÃO MINTO
Ysolda Cabral


Em meio a velhos livros,
atas, plantas, mapas,
tralhas, processos jurídicos; 
poeira, ácaros... Eu!

Sem nada aqui de meu;
reorganizo, limpo,catalogo,
revigoro um pouco os registros,
num tempo que não é meu!

Sono, fome, cansaço...
Sensação de fracasso, ocaso!...
Lá fora o dia está lindo.
Tão lindo!

Digo-me:
Está tudo bem.

Minto!

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Bairro do Espinheiro
Recife-PE
Em 19.11.2015
5a. Feira
Apenas Ysolda

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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

VERSOS DESIGUAIS



VERSOS DESIGUAIS
Ysolda Cabral



Do Mar vem a brisa,
que acaricia o meu rosto,
enxuga a lágrima sentida,
do desencanto suposto...

E, numa milésima fração,
de apenas um segundo,
tal qual bolinha de sabão,
advinda do sopro do coração;
o AMOR, que nunca foi, se desfaz...

Agradecida, por demais,
ergo taça de delicado cristal à Vida,
que me sorri, e brindo o entendimento
daquilo que, naturalmente, não passou
de poesia em lindos versos desiguais. 

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Praia de Candeias-PE
Embriagada de Vida
18/11/2015

Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora rir
de alegria, tristeza ou saudade,
sem pudor.

Para escutar a música de fundo, acesse...

http://www.ysoldacabral.prosaeverso.net



Código do texto: T5453432 
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NANA OKIDA E OKLIMA - INDICAÇÃO DE LEITURA

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LEI DO RETORNO!...


( Na mesma hora que se dá, se recebe!...)


É impressionante a LEI DO RETORNO! Funciona mesmo e bem rápido! Pois vejam só que, hoje, 18.11.2015, aniversaria uma amiga e lhe presenteei com o livro de sonetos '' PRATEANDO VERSOS'' do Poeta Maior, Odir Milanez da Cunha – Oklima. Agora, neste exato momento, acabo de receber o livro ''O MEU CORAÇÃO É DE CRISTAL'', da Poetisa Maior, Nana Okida.

Estou que não caibo em mim de tanto contentamento - até esqueci o pequeno derrame na minha mão esquerda!

Gigantes da poesia contemporânea, autores dos livros acima mencionados, e na foto por mim apresentados, que mais que recomendo, poderão ser adquiridos através dos e-mails:

oklima2@hotmail.com 
nanaokida2009@hotmail.com

Boa leitura, meus amigos!

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Código do texto: T5453218 
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DERRAME DE VIDA







DERRAME DE VIDA
Ysolda Cabral 


Em minhas mãos,
derrama-se a Vida.
Sem expectativas de renovação;
aguenta coração!... 

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Apenas Ysolda 
Em 18.11.2015
4a. Feira


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* A chave do pensamento, meio que poesia, acima, aconteceu por conta de um derrame que tive hoje na mão esquerda, ( mais um) resultante da medicação Effient - Cloridrato de Prasugrel, que tomo desde que fiz o implante de dois stents no coração, em julho último.

Não estou triste! Estou bem, graças a Deus! 


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SÚPLICA E ORAÇÃO




SÚPLICA E ORAÇÃO
Ysolda Cabral 


Há momentos de aflição que nem rezar sabemos. Contudo, nesta hora da Ave-Maria, suplico à Mãe Santíssima, a Imaculada Conceição, que interceda junto ao Seu Filho Jesus, pela saúde dos que sofrem, neste momento, de males que ameaçam as suas vidas e os conceda o milagre da cura. Amém! 


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Praia de Candeias-PE
Em oração
17.11.2015
Ysolda 


Código do texto: T5452103 
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PRECISAMOS DE PAZ



Z



PRECISAMOS DE PAZ 
Ysolda cabral 




Os hospitais de Paris amanheceram com filas quilométricas de pessoas (gente humana, como diria o escritor poeta Yamânu) querendo doar sangue para os sobreviventes dos atentados. Emocionou-me essa notícia, por demais! Passei todo o dia de hoje refletindo que nem tudo está perdido. A Paz é possível, sim! Que notícia maravilhosa! 

Coincidentemente, há pouco, li um pensamento de Hermógenes, autor que amo desde a minha adolescência, que diz o seguinte: “ Parem de lutar! Parem de matar! Parem de corromper! De furtar! De explorar! De perseguir! De invadir!! De conquistar! Enganar! Dominar! Poluir... Parem enquanto é tempo. Há crianças sem escola, sem o que comer... Não mandem bombas. Mandem pão. Mandem livros. Há velhinhos cansados, mas ainda saudáveis e sempre saudosos, querendo ainda viver, ainda amando e protegendo decadentes vestígios de esperanças... Vejam os leitos dos hospitais não chegam para tantos enfermos... Reparem como as lavouras estão se acabando... O rosto do homem está queimando pelos rios de lágrimas tristes que chorou... Lágrimas quando tristes, queimam ... Vejam quantos sorrisos mortos em lábios trêmulos de medo... Cessem este estúpido demolir. Lembrem-se de que nenhuma hegemonia pode ser eterna nem justifica tanta injustiça. Comecem alguma coisa que venha tornar alguém menos desgraçado, que venha salvar o mundo do extermínio, que possa dar a cada um aquilo de que mais precisa – a Paz.”

Boa noite meus amigos!


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Praia de Candeias-PE
16.11.2015 - 2a. Feira 
Hora da Ave-Maria
Apenas Ysolda 


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sábado, 14 de novembro de 2015

PAZ QUE ACONTECE




PAZ QUE ACONTECE 
Ysolda Cabral


De mãos postas...
Já passa da meia-noite!
O Mar avança e arrosta,
pela praia deserta...
Areia, tal qual poeira,
jura-se quieta!

Rezas revezas, rezas!
Ave-Marias!...
Vinga as frestas, cria arestas.
Ah, setas e flechas repentinas!
Apagam-se as luzes nas celas...

Circunferência na tela,
convida-se para mira, 
nada clara! Equívoco certo.
É a maldade que impera, 
e tenta dominar...

De mãos postas suplica-se, 
por uma madrugada tranquila,
advinda da noite escura,
de uma sexta-feira treze de morte.

E a Paz acontece!

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Praia de Candeias-PE
Porque hoje é sábado...
14/11/2015 


''Terror mata 127 em Paris'' 
Precisamo urgentemente de PAZ! 



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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

MINHA LIRA



MINHA LIRA
Ysolda Cabral 


Combinando palavras de pouca monta,
sem beleza, sem métrica e sem rima,
em português simples e coloquial,
vou compondo minha lira, sem afrontas,
na minha realidade um tanto quanto surreal.

Não gosto de metáforas,
apesar de minha alma usá-las
e ditá-las para mim,
quando estou meio assim;
mergulhada num mar de lágrimas.

Sem encontrar uma saída,
recorro a minha poesia,
que me leva no barco da esperança,
pelas rentes margens da Vida e avança,
corajosa, em direção ao mar da alegria.

Minha poesia é única, 
é só minha e não muda jamais!...


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Praia de Candeias-PE
Em contemplação da doação
Em 11.11.2015 

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domingo, 8 de novembro de 2015

NEURÔNIOS FRITOS




NEURÔNIOS FRITOS
Ysolda Cabral



O cair da tarde,
na Praia de Candeias,
o calor incendeia...

O calor é tanto, mais tanto, tanto,
que queimou meus neurônios!
Agora já não sei se amei ou amo.

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Praia de Candeias-PE 
Sem frescura alguma
08/11/2015

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sábado, 7 de novembro de 2015

SONS DE ALEGRIA





SONS DE ALEGRIA
Ysolda Cabral



O canto dos passarinhos me acorda,
quando o novo dia ainda nem nasceu!
Atarantado o pensamento logo borda:
Será que o nosso amor de fato morreu?

E a consciência que, sempre apavora,
sem vacilar, sem duvidar, sem titubear
responde, claramente, e na mesma hora:
Ô criatura sonhadora, para de devanear!

Sem piedade, ela ainda acrescenta:
Como um sentimento pode morrer,
se nem chegou a nascer, a viver?...
Olha ao teu derredor e não inventa!

Trôpega, triste, levanto e vou até a janela.
A brisa, suave e perfumada, me envolve!...
Começo a vislumbrar novos tons de aquarela.
E a tristeza, aos sons de alegria, me devolve.

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Praia de Candeias-PE
Num amanhecer de beleza,
paz e muita Luz
Em 07.11.2015 (Sábado) 

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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

ENFIM, É O FIM!




ENFIM, É O FIM!
Ysolda Cabral



Se pararmos para prestar atenção no vocabulário da juventude de hoje, independente do intelecto e de onde reside, impressiona o tanto da palavra ''enfim'' que utiliza numa conversação, por mais ligeira que ela seja. Ganha até do ''tá ligado'', que parece andar em desuso, segundo um colega de trabalho.

O ''enfim'' é vírgula, é ponto e vírgula, é exclamação, é reticência, é interrogação, é dois pontos... Enfim, só não é ponto final aqui e agora, nesta crônica, cujo objetivo não é criticar, mas divertir, brincar, fazer sorrir e nada mais.

A vida anda tão cheia de tristezas e de notícias ruins que, basta uma observação dessas, se me proponho à ela, para me fazer sorrir e querer que as pessoas sorriam também.

- Gosto de dividir alegria!

Não gosto de dividir tristeza, porém divido quando ela é grande demais. Divido com amigos, com pessoas estranhas e adoro dividir, principalmente, com quem não gosta de mim. (É que elas, ao tomarem conhecimento do quão triste estou, ficam tão felizes e tão satisfeitas que me dão folga por um bom tempo.)

- Como é bom desabafar com quem não gosta da gente! É uma análise espetacular, 0800, com resposta imediata, pois o sorriso vem tão logo termine o desabafo e o dito cujo, ou a dita cuja, dê as costas.

Mas, voltando ao tema, ao foco, a observação, ao besteirol assumido, palavreado e assinado... Enfim, é mesmo o FIM! 

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Praia de Candeias-PE
Azul da cor do Céu
Em 05.11.2015 

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terça-feira, 3 de novembro de 2015

BORBOREMA – QUE DECADÊNCIA!



BORBOREMA – QUE DECADÊNCIA! 
Ysolda Cabral



Tenho pra mim que a empresa Borborema, de alguma forma, foi atingida, também, por algum esquema de corrupção e deve estar em muito maus lençóis.

Não encontro outra explicação para justificar as condições do ônibus, opcional, que utilizei hoje para ir ao trabalho. Eu, e mais sessenta passageiros, aproximadamente.

O ônibus estava sujo e empoeirado por dentro! Muito fedido, com o ar-condicionado funcionando precariamente e cheio de muriçocas (pernilongos), mosquitos e até moscas. 

Devia ter, também, baratas disputando espaço no corredor com os passageiros que viajavam em pé, – outro tremendo absurdo, diga-se de passagem! Achei prudente não olhar, considerando o horror que tenho desse inseto.

A gente paga uma passagem bem mais cara, para fazer o translado subúrbio/cidade, com um pouco de conforto e encontra uma coisa dessas!... 

- É inadmissível! 

Ninguém conseguiu ler, cochilar um pouquinho... Todo mundo tratou de se defender dos sangue sungas de todo jeito. - E o receio da dengue? Sabia-se lá de onde vieram! 

- Borborema, Borborema, que decadência!

Depois de quatro dias, com redução de frota, devido ao feriadão, os ônibus voltarem a circular neste estado? Como pode?! Dormiram ao relento e com portas e janelas todas abertas?! - Perguntar não ofende!!

O jeito é voltar a usar o carro regularmente. Contudo, com o preço da gasolina pela hora da morte, eu aguento?

- Aguento não, Borborema!

A não ser... Será que existe mosquiteiro para assento?

- Eu hein, que coisa!

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Praia de Candeias-PE
Em 03.11.2015


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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

SAUDADES DE ONTEM




SAUDADES DE ONTEM
Ysolda Cabral 



Tenho para mim que o domingo quer me conquistar, pois, se não, qual a razão dele vestir o sábado, dia que mais gosto, e vir aqui me perturbar? Já olhei na folhinha mil vezes, no PC e até o meu relógio de pulso, saiu do porta miudezas (não digo jóias, posto que joia não tenho) para me confirmar que hoje é mesmo sábado e não domingo.

Pensei bater na porta da vizinha, ou telefonar para alguém, mas temo pensarem que enlouqueci de vez. Melhor ficar quieta e esperar. O domingo tem que se manifestar e dizer o que pretende, ou, o sábado se impor, como dia lindo e poderoso que é, e mandar o domingo domingar noutras plagas.

Ah, que dia mais quieto! Até o Mar está paradão! A Brisa me chega à janela, meio friorenta a me reclamar do Sol que não lhe esquenta. Fazer o quê se estou mais ou menos como ela?

Contudo, sei que o meu problema é um pouco de cansaço, resquício do dia de ontem, tomado de felicidade buliçosa, ruidosa e repleto de Tempo ligeiro. – É assim, quando a felicidade e a alegria chegam, o Tempo sempre dar um jeito de correr e isso só me traz a certeza de que ele não gosta de ver ninguém feliz.

Entretanto, com relação ao domingo, que me visita hoje que é sábado, com certeza transportado pelo Tempo, meu arquinimigo, que desde ontem não consegue parar de correr, me causando esse transtorno de orientação, percepção e etc. e tal, digo-lhe que ele é muito bem-vindo e que fique à vontade para domingar por aqui o quanto quiser. - Não vai me perturbar! 

Quanto à gente está feliz, que importa o dia? Contudo, o fato é que estou com saudades do dia de ontem.



Praia de Candeias-PE
Em ondas e saudades
31/10/2015

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