segunda-feira, 31 de julho de 2017

CONSTATAÇÃO


A imagem pode conter: nuvem, céu, árvore, atividades ao ar livre e natureza

Céu de Salgueiro - PE
Foto Ysolda


CONSTATAÇÃO 
Ysolda Cabral



Por vezes nos sentimos tão só, mais tão só que, perdemos a noção de quem somos, de onde estamos e do que é preciso fazer.

A agonia é tanta diante de nossa própria fragilidade e impotência que, paramos até de pensar. E é em momentos assim que Deus diz : " É por aqui o caminho, a saída, a solução..." E nos estende a Mão através de quem a gente menos espera.

Concluo que, em cada lugar deste mundo de gente que só pensa nelas mesmas, existem, também, Anjos de Deus, prontos a ajudar aqueles que Nele creem e confiam. Fato que me dá a certeza de que nunca estamos sozinhos. E por eles, esses Anjos de bondade e Luz, eu agradeço de todo o meu coração.

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29.07.2017
Apenas Ysolda


quinta-feira, 20 de julho de 2017

YAUANNA


Pelas lentes da autora - Jul/2017

YAUANNA


É sonho encantado
É realidade palpável
Feita de flor, aroma e frescor

Ela é tudo de melhor de mim
Pureza, leveza
Uma brisa com certeza
Que sopra da alma para fora
E de fora vem para dentro
E fica e vinga só amor

É planta forte e bela
Regada na medida exata
Para ser ela
Eterna criança em mim

O que dizer mais
Da miha filha linda
Amiga, querida
Sapeca, eterna menina?

Que é uma estrela do ceú
No firmamento de mim?

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A poesia em tela está na página 16, do meu livro " Apenas Poesia'',e que hoje republico em homenagem à minha amada filha que aniversariou no último dia 18.07.2017. Parabéns, novamente, lindo e amado presente de Deus!

Para ler escutando a canção de fundo, acesse:

Olha nós aí filha, na comemoração!! Risos




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sábado, 8 de julho de 2017

COISAS DA VIDA


Imagem Google



COISAS DA VIDA 

Ysolda Cabral


Finalmente o Tempo resolveu abrir, mandando embora a Chuva, o Vento bravio e o Frio. De portas escancaradas deixou que o Sol entrasse e ele clareando, secando a Terra e aquecendo as águas dos rios e dos mares; reina absoluto por aqui.

Respiro fundo e sentindo a força da Vida, agradeço e me levanto disposta e feliz. Contudo, algo incomoda e tira um pouco da paz que neste momento sinto. Perscruto dentro de mim e dou de cara com a folgada da tristeza, meio escondida, querendo tomar conta da minha casa, da minha alma, da minha vida... – Ah, mas não vai mesmo!

E, do jeito que o Tempo abriu, eu também abri a porta da minha casa e lhe disse: Ponha-se daqui para fora! Você não é bem-vinda. Descarada como ela só, saiu. Mas, ao passar por mim fez deboche dizendo que saia, porém me deixava de lembrança a Saudade. – Que infeliz!...

Bati a porta, sem contemplação, e/ou educação e fui de imediato ver exatamente onde ela tinha deixado a companheira e se havia mesmo deixado. - Pois não é que estava bem dentro do meu coração!

O Tempo fechou, o frio bateu, a chuva voltou... Mas, em mim nada mudou! - Não nasci para ser infeliz.


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Praia de Candeias-PE
Em devaneios Poéticos
08.07.2017
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor.

Para escutar a canção de fundo, acesse:

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quinta-feira, 6 de julho de 2017

"JOVEM CHARME - 1970"



Estou no primeiro degrau, de braços cruzados, com a Marta Prestrelo bem na minha frente. Não me recordo o nome das outras garotas. 


"JOVEM CHARME – 1970"
Ysolda Cabral 


Quando contava a idade de dezesseis anos, em 1970, eu, e mais quatro garotas, todas mais ou menos da mesma idade, fomos convidadas, pelo cronista social, Jotta Lagos, para participar do Concurso “Jovem Charme” de nossa Caruaru querida. O evento aconteceria no intervalo de um baile de gala, num dos clubes da cidade, - não lembro se foi no clube Intermunicipal ou no Comércio... Parte da renda seria destinada à filantropia, razão de nossos pais permitirem, sem muita resistência. - O motivo era nobre.

Dias antes fomos encaminhadas para um rápido aprendizado e/ou ensaio, para que fizéssemos bonito na passarela. Depois de recebermos orientação quanto à postura, como caminhar, escolhermos a música para nos acompanhar na passarela, ( escolhi Hit The Road Jack de Ray Charles), e até o local para a foto que tiraríamos juntas, consideraram que estávamos prontas. Quanto a roupa a ser usada no desfile, desde que fosse na cor vermelha, estava tudo certo.

Finalmente chegou o dia do Concurso, e, entre idas a modista, Leny Pierre de Mendonça, e a competente amiga cabeleireira Zefinha, logo chegou à hora de ir para o clube. – Nossa, como eu estava ansiosa, nervosa, feliz!... 

Não pensava se iria ganhar ou perder, eu não dava a menor importância para este detalhe. Só sei que estava adorando participar e reconhecia a beleza, elegância e charme das minhas concorrentes. Uma, em especial, me chamava à atenção por sua beleza tímida e angelical, Marta Prestrelo, inclusive, era ela a única que eu conhecia, pois morava próximo à minha casa. O fato é que, ganhar ou perder, para mim, nunca teve a menor importância. Até hoje sou assim. 

Pouco antes da minha apresentação, eu estava com as mãos geladas, as pernas trêmulas e uma dor esquisita no estômago. Resolvi tudo com um calmante chamado Chocolate Prestigio. - Por sinal, ainda hoje o utilizo. O clube estava lotado e muito, muito animado, – o povo da minha terra é alegre, hospitaleiro e adora uma festa. 

Quando chegou minha vez, entrei na passarela e a partir daí não vi mais ninguém. - Juro que não! Eu só conseguia escutar a música do Ray Charles, que eu adorava e de forma tão intensa que esqueci totalmente onde estava, e terminei o desfile dançando ao ritmo da bela e contagiante canção. 

- Ganhei o Concurso! 

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Nesta foto só lembro de Jotta Lagos
e de Marta Prestrelo, junto de mim, a direita da tela. 


Comecei a desfilar séria e compenetrada


Joguei tudo para o alto e tratei de aproveitar a música



Ganhei o Concurso 


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Praia de Candeias-PE
Em ondas de recordação 
06.07.2017
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor.

Para escutar a canção do Ray Charles, acesse:

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sábado, 1 de julho de 2017

ZANZANDO EM CRÔNICA



Na foto, aos 17 anos, com o professor, Pe. Inácio Nalson Nunes, no Colégio Sagrado Coração de Caruaru-PE, recebendo o diploma de taquígrafa - Ano de 1971. Ano em que, já procurava enriquecer os meus conhecimentos, para exercer a profissão de Secretária Executiva. ( Prova abaixo ) 


ZANZANDO EM CRÔNICA
Ysolda Cabral 


Primeiro dia que antecipa minhas férias, a começarem no próximo dia três, e fico zanzando pela casa sem saber o que fazer; quando há tanto! Mas, hoje é sábado e sábado é um dia tão especial que, não fazer nada, também é bom. O que não é bom é ficar zanzando! Zanzar é andar ao acaso, é vaguear...

Quando a gente zanza no ''Mundo Poesia'' é bom, pois rende belos poemas, mas, por falta de ânimo; é preocupante! O fato é que, ultimamente, o meu caminhar tem sido assim. – Ah, desânimo!...

Pensando em como mudar tudo isso, abri a janela. - Quem sabe o Mar não me animaria!... Mas, não consegui vê-lo, pois hoje é um daqueles dias que ele se esconde da Chuva, por baixo do Tempo. Ao abrir a janela me deparei foi com um Vento frio e neblinado que me fez voltar correndo pra cama e lá permanecer até dormir novamente. 

E, neste novo adormecer, o sono me levou ao tempo de menina quando, na minha Caruaru querida, em dias assim, eu adorava andar de bicicleta, isso já quando morávamos na Imperatriz Leopoldina, 180, no bairro, hoje chamado pomposamente de Indianópolis, (antes era Rosário Velho). A rua, à época, sem asfalto, era uma rua “ladeiramente” linda e convidativa para se andar de bicicleta. - Se a gente caísse nem se machucava! A lama amortecia a queda e a Chuva escondia as lágrimas, caso a queda fizesse a gente perder a competição, de quem descia a ladeira primeiro, e claro; perder o prêmio, - tomar coca-cola até enjoar. A fábrica ficava bem na esquina! Além de que, aumentar a nossa coleção de bonequinhos da Disney, era o máximo! – Eu tinha várias Brancas de Neve e vários Sete anõezinhos! Mas, o fato é que sempre havia coca-cola para todos e os bonequinhos também, e, tudo de graça.

Eu gostava dessas competições, mesmo que quase nunca ganhasse. Contudo, a minha praia era andar de bicicleta, independente do Tempo. Fazer isso sozinha, como gostava! Um dia, chovia a cântaros, e, eu, pensando em comprar uma bicicleta somente para mim – a minha era também dos meus irmãos -, e, como não queria pedir a papai, (eu odiava depender de mesada), resolvi que estava na hora de ganhar o meu próprio dinheiro. Nesse dia, depois de trocar umas ótimas idéias com a prima de minha mãe, Marieta Lira, me vi subindo a rampa da Prefeitura Municipal de Caruaru, aos 14 anos, e toda molhada de chuva, cheguei ao gabinete do Prefeito, João Lyra Filho, e perguntei: Marieta lhe disse que quero trabalhar? E ele, com sorriso bondoso, honesto e amigo, falou: ''Disse, sim! Mas, Ysolda, você sabe fazer o quê?''E eu, de pronto, lhe respondi: Tudo o que me ensinarem. E, ele então respondeu: ''Está contratada!'' - Pois é!... Foi então que comecei a trabalhar, porém sem carteira assinada, pois naquela época menor não podia trabalhar, se a memória não me falha.

Nossa como fui longe nesta crônica! – Fui escrevendo, escrevendo, de repente me dou conta de que logo, logo, estarei completando meio século de trabalho, apesar de já estar aposentada. E, mal saio de férias, fico zanzando pela casa sem saber o que fazer?! – Que coisa! 

– Acho que, finalmente, vou comprar uma bicicleta somente para mim. 
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Prova que constava de um ditado



Média alcançada: 9,0


TAQUIGRAFIA 
Sistema muito rápido de escrita que usa abreviaturas especiais. 

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Praia de Candeias-PE
Escondida no Tempo
01.07.2017
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor.

Código do texto: T6042755 
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