quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

ANO DE 2018 NA UTI DO TEMPO




Praia de Boa Viagem - Recife-PE
Imagem coletada no Google



ANO DE 2018 NA UTI DO TEMPO
Ysolda Cabral 



Como barata que por onde passa deixa o rastro e o cheiro estragando tudo, a Tristeza também faz isso e com tal zelo que o Ano de 2018 vai terminando de maneira atropelada. Atropelamento que comprometeu a Esperança, a Alegria e o Ano tende a morrer a míngua num canto qualquer da UTI do Tempo...

Como sou muito, muio teimosa, não desisto de tentar salvá-lo. Recorro, então, a remédios eficazes, prescritos pelo meu médico, Tambor do Encantado (coração) e vou ministrando com cuidado para não errar excedendo nas doses. Alguns podem até ser aplicados no mesmo momento posto que, não existe contraindicação. Sei que ouso abusando nas dosagens, ora em Sol Maior, do Laboratório Musical e Sonhos de Céu Sempre Azul, do Laboratório Eu; com Lua, Em Quarto Minguante, com o Neblina, do Laboratório Noite Escura. E aí clareia o Dia na Recepção da Unidade de Terapia Intensiva...

Levanto eufórica ao perceber que houve uma boa resposta, uma pequena melhora na condição do Ano. Sorrio feliz e me animo um pouco chegando a torcer para que ele, com um pequeno esforço, vá morrer na Praia, sob a luz do Luar e de fogos de artifícios; e não numa UTI, em consequência de um atropelamento de responsabilidade da Tristeza, da marca Barata & Associados Ltda.

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De algum lugar
27.12.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor.


Aproveito para desejar a todos um Feliz Ano Novo. 

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SOU MESMO GENIAL




Imagem coletado do Google 


SOU MESMO GENIAL
Ysolda Cabral 



Não lembro de um verão tão quente como o deste ano e em toda Região Metropolitana do Recife. Chegar em casa, após seis horas corridas de trabalho, tendo que enfrentar um trânsito congestionado, todo santo dia, - nos últimos dias agravados por protestos de profissionais da área da saúde que o Governo do Estado entendeu que devem trabalhar sem receber os seus salários, não tem sido nada fácil.

Ontem cheguei em casa tão esbaforida, tão acalorada que só pensava em uma ducha fria e depois me esbaldar numa taça de sorvete bem generosa. Sorvete feito por mim, claro! Não gosto desses sorvetes industrializados que vendem por aí e com preços exorbitantes. Bem, após me refrescar numa abençoada ducha, constatei que o sorvete havia acabado. Resolvi fazer. Demoraria um pouquinho a ficar pronto, mas tudo bem.

Peguei duas mangas-rosa, descasquei e, ao tentar parti-las em pedacinhos, para levar ao liquidificador, não consegui de tão maduras que estavam. - Eu precisava da polpa, bem liquidificada, para passar na peneira e só depois levá-la de volta ao liquidificador e adicionar leite moça, o creme de leite e outras coisinhas mais. E agora como eu iria conseguir fazer isso? Daí pensei: ora, se a mangaba, o cajá e até a pinha a gente coloca no liquidificador, aciona o botão de impulso e consegue a polpa num piscar; por que não a manga, se o seu caroço é só um pouco maior? - Bem, na verdade é muito maior, né Ysolda? - Cuidado, me avisou a prudência, ou foi um resquício de inteligência?

Não quis nem saber! Eu queria sorvete de manga e ia ter de qualquer maneira. Ajeitei, no copo do liquidificador as duas mangas, coloquei meio copo de leite, liguei o botão e... Consegui!!! Porém, o liquidificador perdeu todos os ''dentinhos'' - eu nem sabia que existiam! - E não falo das hélices! - Chamei de dentinhos aquelas peças que ficam por baixo do copo e que proporcionam o encaixe perfeito para que o bicho funcione. - Pois é! Voaram todas... Mas, se não tivessem voado, eu não teria me achado doida e nem burra. Teria me achado genial. Entretanto, a bem da verdade, pensando melhor, não sei se não posso me achar genial... Afinal consegui a polpa, a um custo bem alto, é verdade - me custou um liquifificador, que foi direto para a lixeira, junto com o que sobrou dos caroços da manga. E, graças ao reserva, consegui terminar o sorvete que ficou uma delícia.

- Eu lá tenho culpa se aqueles dentinhos estavam mais pra protése dentária ou coroas?!

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Praia de Candeias-PE
13.12.2018
Apenas Ysolda 
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor. 



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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

NO MUNDO DO SILÊNCIO ( CRÔNICA)



NO MUNDO DO SILÊNCIO 
Ysolda Cabral 



Sempre fico relutante em trocar de celular. Entendo que preciso de um mais moderno, mesmo sem saber exatamente para quê. Já estive no Shopping várias vezes com essa finalidade e termino saindo de lá com o meu velho Samsung Galaxy J-5. Aí digo que vou mudar de Operadora e sempre alguém me diz que não vai adiantar uma vez que, todas são iguais. Pois é!…. E é assim que vou pelejando, ou capengando, pelo mundo das telecomunicações. Entretanto, como procuro sempre ser justa, devo admitir que, o que mais me prende ao meu celular é o fato dele me entender como ninguém. Senão vejamos: ele sabe que não gosto de notícias ruins, então quando alguém me envia algo assim, ele bloqueia. Não abre nem a pau. Correntes? Odeio! Ele já nem avisa que chegou. A maioria me escapa totalmente. E, quando circula da Internet notícias de lava-jato, Bolsonaro, bolsonitas, motoristas, Lula preso, Lula Livre, Amazônia, Petrobras na mira de não sei quem, e não sei quem mais, ele simplesmente me deixa totalmente sem acesso. Desconfio até que há um acerto, ou complô, entre ele e o Wi-Fi de onde eu estiver, inclusive o de lá de casa, para me deixarem completamente por fora das notícias que envergonham e só trazem desesperança e medo para a maioria de nós, principalmente se nascidos por aqui... Ah, meu celular, que bom amigo você é! Na maioria das vezes você nem deixa que eu fale! Você sabe que para falar besteira é melhor calar, então você me obriga, ou abriga, no mundo do silêncio, onde eu deveria ficar de uma vez por todas... Eu sei! 

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Praia de Candeias-PE
10.12.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza,ou saudade sem pudor.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

ATÉ ONDE VAI A VAIDADE HUMANA


Imagem Google 



ATÉ ONDE VAI A VAIDADE HUMANA 
Ysolda Cabral 




Ontem o dia foi meio complicado, travado... Dias assim são tão comuns para mim que não mais me afetam. Tiro de letra fácil, fácil. E foi conjecturando essas bobagens que encerrei meu expediente e segui viagem de volta à minha Candeias, - de ônibus, muito bem acomodada, num assento reservado para os maiores de sessenta anos. Quando chegamos no Bairro de Boa Viagem, na Parada do Shopping Center Recife, passageiros saíram do ônibus, outros entraram. Alguns até bem animados, já outros esbaforidos de calor. Entre eles, reconheci de imediato uma poetisa e escritora, minha ''‘amiga’'' virtual de longa data. Como o assento ao meu lado era o único desocupado, foi nele que ela sentou. Esperei que se acomodasse. Nessa espera tive a impressão que se escondia atrás do cabelo. Aguardei, ponderando ser mesmo impressão e que, tão logo acomodasse a bolsa e as sacolas de compras no colo falaria comigo. - Ah, como eu estava feliz de conhecê-la! Bom, ela se ajeitou da melhor maneira possível, e nem olhou para mim. Talvez nem tivesse me reconhecido...

Feliz da vida, tomei a iniciativa e perguntei se ela era “fulana de tal” – me referindo ao seu pseudônimo. Para minha surpresa ela disse que não e ao me dizer seu nome de batismo, deve ter lembrado que eu também sabia desse e parou bem na metade, sorriu amarelo e falou outro nome…(??)

Nunca me deparei com uma situação tão inusitada e confesso até agora não ter entendido a razão dela ter agido daquele maneira. Ora, nem gêmeas idênticas seriam tão iguais! Disse-me estar passeando por Pernambuco e que era natural do Piauí. 

Engraçado é que não sou muito de guardar nomes, mas guardo fisionomias e as reconheço, até as que conheci e conheço só de fotografia, mesmo depois de ''‘maquiadas’'' pelo Tempo se as encontrarem pessoalmente. E a fisionomia da minha companheira de viagem de ontem eu reconheci, sem nenhuma dúvida. - Será que ficou envergonhada por estar em assento reservado para o pessoal da terceira idade, ou por estar usando um transporte coletivo? - Quem vai saber o que se passa na cabeça de uma mulher vaidosa? ...

Depois de algum tempo, quando já ia chegando ao seu destino, lembrou de perguntar o meu nome. Eu, sorrindo, um sorriso triste e decepcionado, mas conformado, lhe respondi: sou Ysolda. Apenas Ysolda.

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Praia de Candeias-PE
06.12.2018
Apenas Ysolda 
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor. 

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APENAS HOJE


Imagem Google 



APENAS HOJE
Ysolda Cabral


Há um cansaço que me ronda,
que sutilmente me sonda,
me deixando descomposta,
um tanto fora de mim...

Um cansaço cansado,
mordaçado em jeito louco...
Um cansaço pesado que me faz refletir;
será que ainda estou aqui?

Com as mãos postas, 
o coração quase parado, compungido,
percebo que, hoje, apenas hoje, 
a Vida se esqueceu de mim.

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Praia de Candeias -PE
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor

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terça-feira, 27 de novembro de 2018

SOB A INFLUÊNCIA DO IPÊ



Foto ilustração: Ysolda 


SOB A INFLUÊNCIA DO IPÊ
Ysolda Cabral 



Como é fácil me perder nos acordes de um blues, também ao me deparar com um Ipê florido, aí fico estática, apaixonada, em verdadeiro estado de graça... Ah! E quando me deparo com um pássaro bonito, com o seu canto; ou, com os primeiros passos de uma criança... E quando me deparo com o belo sorriso de minha filha?... Chego a ficar irresponsável, pois esqueço o que tenho que fazer, aonde ir e tudo me parece poder ficar para depois. Infelizmente, como isso não pode acontecer sigo o meu caminho, mas levo comigo, bem dentro de mim, a beleza desses momentos, - o que vi, senti, escutei, vivi... Minha alma renovada, ainda mais leve flutua dentro de mim e se sair, sei que o ''voo'' será para um lugar perfeito. Claro que alguma pontada de tristeza e de saudade me acompanham. Não seria normal se não fosse assim... E lá vou eu, sem olhar para trás. Não preciso! O que gostaria de olhar, viver, outra vez, seguem na minha mente e se ela me faltar... Ah! Não importa. Já valeu!

Quero viver o agora e o agora é lindo. Sinto-me viva, feliz, saúde quase que perfeita e por tudo isso dou Graças. O dia está suave e é sexta-feira. - O que mais posso querer?


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Tem filha mais linda? 

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Espinheiro - Recife-PE
23.11.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor.

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NUANCES DA SOLIDÃO





NUANCES DA SOLIDÃO
Ysolda Cabral



Permita-me falar bobagens.
- Permito-me!
Desopilo, dou risada...
Sou tão engraçada!...
Se falo verdades ou mentiras...
- Quem liga?...
Só eu me escuto!
Acho tão genial e bonito!

Dando voltas no meu Mundo,
por vezes me confundo...
Viro do avesso e assumo
que sumo no sem rumo
e me perco num vácuo
profundo que aprofundo,
mas, sempre há o reencontro.

Sou Sol, Sou terna Lua...
Sou Mar, sou Rio, sou Lago...
Da lágrima de uma Nuvem,
sou um fiapo de Chuva...
Sou o zunir do Vento afoito...
Sou como um Pirilampo,
ou Beija-flor de bico torto
perdido numa Terra estranha.

Não! Não se assuste.
- Não me assusto!
São apenas nuances da Solidão
que teima em me acompanhar,
em horas tolas e desperdiçadas, 
que passo, passo a passo, por aqui
ou, a passos rápidos!...

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Praia de Candeias – PE
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor.

* Imagem do Google que gosto muito e
a tenho utilizado em alguns textos, há varios anos.


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ETERNIZANDO UM MOMENTO


YAUANNA - FOTO YSOLDA 



ETERNIZANDO UM MOMENTO
Ysolda Cabral 



Amanheceu nublado e mesmo assim lindo, lindo. Saímos de casa, eu e a minha filha, por volta das seis e pouquinho. De repente o Céu desabou sobre nós e a Chuva veio forte fazendo o Dia anoitecer. Faróis acesos e atenção redobrada na rodovia, mesmo assim, arrisquei um olhar de soslaio para o Mar... Ele, com cara de poucos amigos, fechado com o Tempo, fingiu me ignorar. Sorri, apenas sorri e segui respirando o doce aroma que vinha da Terra molhada de Chuva. Em paz, pensei onde estaria Deus... - Estaria Ele no Céu, ou no Mar? E, de dentro do meu coração, escutei uma Voz a me dizer: Estou em todo lugar bem aqui no seu coração. O Dia clareou e o Mar me sorriu em ondas plácidas, enquanto o Vento, gentilmente, penteava os cabelos da minha filha para que eu pudesse eternizar o momento da mais pura beleza e amor, através de uma fotografia.

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Marco Zero
Recife,16.10.18
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor. 

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BATIZANDO O DIA



IMAGEM GOOGLE 



BATIZANDO O DIA
Ysolda Cabral



Quando a Poesia me abandona me sinto só, extremamente só. Não sei como isso acontece. Mesmo sabendo que ela circula por perto em algum lugar a me espreitar, desafiar, desatinar... Talvez faça isso para saber como eu consigo viver sem ela. E o vazio se faz de forma tão intensa, tão intensa que o Mar não passa de plano de fundo na minha janela; o Sol, se torna um holofote poderoso no meio de um estádio fantasma, em desuso, e quanto a Lua, tadinha dela, tão linda na imensidão do Céu a me lembrar uma velha alcoviteira, cansada da luta a perambular trôpega, a mercê de jovens e caprichosas nuvens.

Ah! E quando amanhece, o canto dos passarinhos eu não escuto como o mais belo Concerto Matinal e sim como quem escuta o ''cuco'' inconveniente de um antigo relógio, pendurado numa parede de galhos, molhada pela noite fria, pois orvalho não existe nem quando choro com dó de mim.
Quando a Poesia me abandona a solidão é tanta que perco o sorriso e a Vida se torna um fardo tão pesado, tão pesado que não há reza, com ramo de arruda e água benta, que dê jeito. - Como dói um abandono desses e sem nenhuma explicação!

Mas, de repente,''não mais que de repente'', ela volta sorrindo para mim, através do sorriso inocente e belo da minha filha, como se nunca tivesse ido embora. Então volto a me encantar com o Coral dos Passarinhos, toda orgulhosa de ver o Mar deixar de ser espelho da majestosa e vaidosa Lua para receber, todo feliz, os Raios de Sol, da Aurora que, acalenta o Dia recém-nascido, que não chora, apenas boceja preguiçoso... - O batizo de Soneto.


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Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor. 

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DIA SEDUTOR





DIA SEDUTOR
Ysolda Cabral



O Dia com sua beleza e sedução,
sem querer, me envolve e arrebata.
Percorrendo um mundo de intenção,
deixo-me levar de maneira pacata...

Com a cumplicidade de uma canção,
tocada pelo Vento, sou pura cascata
a cair em Rio de turbulenta emoção,
deixando que a saudade me bata...

Um Dia assim tão inconsequente,
que não teme nem a Noite chegar,
melhor esquecê-lo definitivamente.

Preciso o meu coração sossegar,
não dar trela para Dia frio ou quente.
Sei que novos Tempos hão de chegar.


(Apenas Ysolda)

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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

TRILHOS DO TEMPO



Imagem coletada no Google  posto que, 
infelizmente, não foi possível o acesso a foto que inspirou este arremedo de soneto. :( 


TRILHOS DO TEMPO
Ysolda Cabral 



Pelos trilhos o Tempo trilha,
eterno na Tarde indolente,
sob o olhar atento que brilha,
e fotografa mui discretamente... 

Eu, apenas simples andarilha, 
talvez do passado,ou do presente,
a imaginar, da fotografia, a maravilha
de perpetuar através de uma lente...

Penso naqueles que partiram,
e que trilharam a mesma trilha   
certos da direção e desistiram. 

Quão inúteis são as sapatilhas!...
Assim, descalça, sigo os que resistiram.
Ah, Linha Férrea! Quem não descarrila?

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Recife Antigo
23.08.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor.

  

quarta-feira, 13 de junho de 2018

UM SONETO NO CORETO

A imagem pode conter: árvore, planta e atividades ao ar livre


Imagem coletada no Google 


UM SONETO NO CORETO
Ysolda Cabral



Queria saber compor um Soneto,
que falasse do amor verdadeiro.
Compondo cada verso sem medo
dele ficar doce que nem brigadeiro.

Não poderia ser destinado a dueto,
por mais que ficasse leve, maneiro!
Mas, poderia ser exposto em Coreto,
para os enamorados o lerem por inteiro.

E, quando isso acontecesse, o Sorriso 
os convidasse ao beijo apaixonado.
Sabe, aquele que leva ao Paraíso!

Ah! E, se, o Sol ficasse enciumado,
e a Lua serena, mas de sobreaviso;
eu, feliz, lembraria o meu amado.

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Praia de Candeias-PE
12.06.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria, 
tristeza, ou saudade, sem pudor.



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VENDO A VIDA ACABAR

A imagem pode conter: pássaro

Imagem coletada no Google 



VENDO A VIDA ACABAR
Ysolda Cabral



Cadê os beija-flores galantes, 
e as lindas borboletas coloridas? 
Cadê os passarinhos dantes, 
que cantavam canções tão bonitas?

Cadê as Sereias sempre elegantes,
do Mar de Candeias, nem tão amigas? 
E os fortes e destemidos navegantes,
que a gente só vê frágeis salva-vidas?

Não há mais aquelas flores no caminho, 
agora é proibido tomar banho de Mar,
e, como tubarão nada tem de peixinho;

fico aqui muito consternada a pensar,
dentro do meu confortável mundinho,
o quanto é triste ver a Vida acabar!...

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Praia de Candeias-PE
10.06.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor.

SÃO JOÃO DE MINHA ÉPOCA



A imagem pode conter: planta, flor, atividades ao ar livre e natureza


IMAGEM COLETADA DO GOOGLE 



SÃO JOÃO DE MINHA ÉPOCA
Ysolda Cabral



Hoje me peguei pensando no São João de minha época, na minha amada Caruaru e senti tanta saudade! - Aquele sim era São João de verdade! Os festejos eram organizados com simplicidade e com recursos mínimos. Com jornais velhos, fazíamos lindos balões e com as páginas de revistas coloridas, ou de pedacinhos de tecidos, a gente fazia as bandeirolas e tudo ficava muito bonito e enfeitado. Para vestir, bastava um vestido de chita, bem matuto, de saia rodada, estampado. Para calçar, sandálias ou mesmo um tamanco comprado na feira e já estava tudo pronto para dançarmos a quadrilha, ensaiada muitas e muitas vezes para que não houvesse nenhum passo errado ou desigual - os ensaios eram alegres e muito, muito divertidos. Quanto aos rapazes; eles vestiam calças coronhas, com remendos, camisas quadriculadas, e, para calçar; alpercatas. Para completar a caracterização, não podia faltar o chapéu de palha, claro. A culinária ficava por conta de nossas famílias que garantiam pamonha, canjica, pé de moleque e muitas coisas mais feitas de milho, ou não. Até no preparo das comidas havia alguma coisa mágica, especial. Creio que era a união... Assim o São João era comemorado com muita alegria e muita graça. - Eu só não gostava muito dos fogos de artifício - tinha medo deles. Quando as sanfonas, triângulos e zabumbas silenciavam, e as fogueiras chegavam ao estado de apenas brasa, era a hora de sentarmos em volta delas para assar o milho e conversar sobre o próximo São João, mesmo sabendo que muitos de nós já não estaria mais ali... E assim fomos indo embora de nossa terra natal e o São João se vestiu de sofisticação, de grandiosidade e foi perdendo muito da sua pureza, simplicidade e originalidade, pelo menos para mim.


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Praia de Candeias-PE
07.06.2018
Apenas matuta

SONHOS QUE INVENTO

A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, em pé, sapatos e atividades ao ar livre



SONHOS QUE INVENTO
Ysolda Cabral



Sobrancelhas finas e arqueadas, 
cabelos despenteados pelo Vento,
sorriso, de marca já registrada,
a sorrir dos sonhos que invento...

Sem saber estar sendo tapeada
pelo senhor Tempo, em detrimento
de minhas escolhas e estradas, 
muitas asfaltadas pelo sofrimento.

Seria tão bom voltar ao começo,
identificar os erros e não mais errar! 
Ou, errar, sem ter que pagar o preço.

Quantas vezes a gente pensa amar! 
Ah, só de lembrar eu já entonteço,
e perco toda a vontade de voltar!...

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Praia de Candeias-PE
06.06.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor

Na foto, aos 20 anos, descendo a rampa da 
Prefeitura de Caruaru, numa manhã qualquer...

CURIOSIDADE...





Curiosidade...

Nesta foto eu contava a idade de 20 anos. Fiquei aqui matutando a razão de usar as sobrancelhas tão fininhas. Então lembrei que era moda nessa época usá-las assim. - Que diferença das de hoje! Aliás, tudo ficou muito diferente...


Praia de Candeias-PE
Em 04.06.2018
Apenas Ysolda 

terça-feira, 5 de junho de 2018

NA BOCA DA NOITE



Imagem Google que inspirou o soneto em tela.



NA BOCA DA NOITE
Ysolda Cabral


A Poesia na boca da Noite caiu, 
e a Fantasia se vestiu de realidade.
A Lua considerando um açoite vil, 
ponderou se era mesmo verdade.

Perguntou à Coruja que se retraiu,
e não respondeu sobre a insanidade.
A história, então, do nada progrediu,
e a Lua ficou cheia pela maldade...

A Poesia era pura tal qual donzela; 
como foi parar numa boca assim,
e como se obter notícias dela? 

Foi quando um vagalume, de vela, 
Iluminou a Poesia, no canto do fim,
E a Lua pode a eternizar numa tela.

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Praia de Candeias-PE
03.06.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria, 
tristeza, ou saudade, sem pudor.

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www.ysoldacabral.prosaeverso.net


Ysolda Cabral
Enviado por Ysolda Cabral em 04/06/2018
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segunda-feira, 4 de junho de 2018

INDEFESA POESIA



Imagem Google


INDEFESA POESIA
Ysolda Cabral


Rimando ou combinando palavras,
vou assim pontuando os meus dias...
Alguns alegres, outros sem graça,
abusando da indefesa Poesia...

É um vício! Doença que não sara.
E, dela, morro até com certa alegria,
pois faço das perdas e desgraças,
motivo para escrever com estesia.

Eis a razão de compor de todo jeito.
Poesia de saudade e até soneto, 
em arremedos, saídos da alma, do peito...

Mas, quando lembro daquelo beijo...
Ah! Confesso ter um pouco de medo; 
o de esquecer a composição pelo feito.

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Praia de Candeias-PE
01.06.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor.


Código do texto: T6352278 
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FLOR DE LAPELA




Imagem Google


FLOR DE LAPELA
Ysolda Cabral


O Vento açoita as janelas...
Tento me concentrar em vão.
Revejo algumas aquarelas,
escutando a nossa canção.

Faço um chazinho de canela,
como quem faz uma oração.
Gostaria que fosse na capela,
onde eu faria uma confissão:

Sabe aquela linda flor de lapela,
de pétalas regadas a emoção?
Tão linda! Afastaram-me dela...

Mas, numa noite de decisão,
e, sem nenhuma procela; 
jurei não lhe tirar do coração.

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Praia de Candeias-PE
30.05.2018
Apenas Ysolda

Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor




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QUERO PAZ



Praia de Candeias 
Foto de Yauanna Cabral Cavalcanti


QUERO PAZ 
Ysolda Cabral


Está tudo tão quieto, tão parado! 
Somente o deus Vento se mexe.
Daqui vejo o Mar parecer quadro,
numa imagem que me remete...

para um frio e triste decanato,
ou, talvez, para uma Marrakesh
onde navio algum tem mastro,
e enamorados só nas quermesses.

Como é bom escutar a tua voz, 
neste mundo hoje de silêncio! 
Sei que nossas vozes somos nós...

Assim, tudo posso e reverencio,
dês que o amor é fonte, é casta foz! 
Então, QUERO a PAZ e não silencio!

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Praia de Candeias-PE
Em arremedo de soneto
27.05.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor.
www.fugindodocontexto.bolgspot.com.br

Para escutar a canção de fundo, acesse: 
www.ysoldacabral.prosaeverso.net

Código do texto: T6347792 
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MAR DAS ILUSÕES




Imagem Google


MAR DAS ILUSÕES 
Ysolda Cabral


Sentindo o meu coração leve,
refletindo como foi o meu dia,
sabendo ser a Vida tão breve;
exijo mais de mim e da Poesia.

Por vezes ela até se entristece,
quando escuta certa Ventania,
versando verso que não mede,
da saudade o tanto que agonia.

Quando a tristeza vai embora,
trôpega, desapontada e torta,
o lindo Mar das Ilusões aflora.

Ondas meninas banham a costa,
bordando nas areias um lindo agora.
Enquanto eu... Ah, dou cambalhotas!

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Praia de Candeias-PE
Em 23.05.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza ou saudade, sem pudor.

Para escutar a canção de fundo que amo, acesse:

Código do texto: T6344683 
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sexta-feira, 18 de maio de 2018

CRÔNICA DE SEXTA-FEIRA




Imagem Google


CRÔNICA DE SEXTA-FEIRA
Ysolda Cabral


Paira sobre a cidade uma nuvem escura, pesada, ameaçadora…. É sexta-feira e Candeias se esconde, mas torce para que eu faça uma Boa Viagem até o Espinheiro. Sei que o Recife me aguarda, um tanto quanto sem muita animação para as coisas da recepção… Mas, enfim, lá vou eu estrada afora;

Paira sobre mim uma nuvem Poesia que me transporta para a Cidade dos Sonhos da mais pura e bela fantasia... Penso em você e uma chuva de risonhas lembranças me envolvem num abraço acolhedor, protetor e amoroso fazendo em mim brotar flores de saudade e alegria...

- Ah, como a Poesia me faz bem!

De repente a Visão se depara com uma imagem digna de uma fotografia e clica sem avisos, sem determinar pose ou ângulo. Na mesma hora a Sensibilidade, toda ajudante eficiente, manda para o setor responsável pela revelação, - não sei se localizado na Alma, ou no coração –, e eis que a foto é revelada de várias formas e tamanhos, até numa simples folha de papel branco, numa tela de um computador qualquer, ou mesmo num simples celular, sem grandes e sofisticados recursos, a não ser os das minhas mãos...

- Ah, como a Poesia flui fácil, às vezes! E, independente de rima, de métrica, ou de sei lá mais o quê, ela vem inteira e toma conta de mim sem deixar espaço para sentimentos menores.

- Ela sabe como me envolver e seduzir... Só não sei como chamá-la, como agora! Resolvo, então, lhe chamar de Crônica de Sexta-feira, em prelúdio de final de semana. 

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Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor

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quinta-feira, 17 de maio de 2018

GIROS PELO INTELECTO



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GIROS PELO INTELECTO
Ysolda Cabral


Amanheci pensando que existo,
numa existência que não explico,
e choro lágrimas que pressinto,
trazerem alívio ao meu conflito...

Tanta tristeza eu tenho visto, tido,
nas caminhadas que faço e digo
que, na vida existe desperdício,
quando ignoramos os avisos.

Há coisas ruins que eu não revido.
Ah, inúteis versos e tolos gritos!
Com eco ou sem eco, não desisto

de prestar atenção nos equívocos,
quando resolvo dar alguns giros,
pelo meu intelecto hoje invasivo...

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Praia de Candeias-PE
em arremedo de soneto
16.05.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade, sem pudor

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segunda-feira, 7 de maio de 2018

SONHOS QUE PARTEM




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SONHOS QUE PARTEM
Ysolda Cabral



Há um rufar de Tambor que incomoda, 
há um Silêncio agredido, desperdiçado.
Há uma Alma tola e sentida que arrosta,
a agonia na espera do infeliz último ato.

Há Saudade que no peito se acomoda.
Há um coração muito triste e magoado.
Há desperdício de Energia que provoca
revolta quando se distorcem os fatos.

Magoa tanto a falta de consideração! 
Deixa a emoçao tão difícil de controlar,
quando a rosa é ferida ainda em botão.

E, sem promessas de quietude no ar,
os sonhos que alegravam o coração, 
decidem ir embora para não mais voltar.

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Praia de Candeias-PE
Em arremedo de soneto
06.05.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor.

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terça-feira, 24 de abril de 2018

VIAGENS SECULARES



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VIAGENS SECULARES 
Ysolda Cabral



Num barco sem timoneiro,
naveguei pelos sete mares,
a mercê do Vento Passageiro,
em lindas viagens seculares.

Nessas viagens fui pioneiro,
gostando de tantos lugares!
Lancei mão do pombo correio,
para dar notícias aos familiares.

Mas, enfim, a saudade me abateu.
Alcei voo com as asas do destino,
e nenhum sexto sentido me deteu.

Voei alto, aos olhos de um menino,
que em seu olhar não se perdeu
o tanto do meu amor em desatino.

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Praia de Candeias-PE
24.04.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza ou saudade, sem pudor.

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sexta-feira, 20 de abril de 2018

O SEDUTOR ARNALDO – BLOQUEADO NO INSTAGRAM




Imagem Google formatada pelo design Thiago Petterson



O SEDUTOR ARNALDO – 
BLOQUEADO NO INSTAGRAM
Ysolda Cabral 



Nunca se ouviu falar num sujeito mais insistente e pretensioso que Arnaldo. Até que ele tenta ser diferente, mas não consegue e logo está de volta àquilo que julga ter direito e segue em frente obstinadamente. Aqui e acolá faz um ajuste nos planos, que no fundo não mudam: quer por que quer aquela garota, independente de qualquer dificuldade. Havia pensado em dela desistir, considerando várias pretendentes, inclusive a filha única do chefe milionário, mas como ela ainda é muito jovem resolveu deixar para lá. Foi quando percebeu que o seu coração batia cada vez mais acelerado sempre que tinha notícias daquela garota, ou dava de cara com alguma foto dela no Instagram. Sabia que precisava tomar uma atitude, ou sucumbiria de forma irremediável naquela paixão.

Para chamar a atenção da pretendida, caprichou nas fotos, - em todas muito sério e de boné, achando assim passar a impressão da masculinidade ideal e com significativa jovialidade. Entretanto, o resultado não foi nada bom, infelizmente. A garota dos seus sonhos o julgou careca e não gostou nadinha, apesar daquele bordão de que '' é dos carecas que elas gostam mais.”

E, para culminar a sua desgraça e acabar de vez com as suas esperanças de conquistar a linda menina, algum desalmado, ou desalmada, espalhou para meio mundo de gente, faltar um dente na boca de Arnaldo, bem na frente – aquele junto a uma das presas. Quem espalhou jurou ter visto.

- Coisa mais terrível! Além de careca, só cuidar dos músculos e não cuidar dos dentes! É por isso que nas fotos ele está sempre sério e de boca bem fechada, concluiu a garota bloqueando o tadinho no Instagram.

Pensando bem... Se não bloqueou, deveria!

- Tadinho, nada! Onde já se viu não cuidar dos dentes.


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Praia de Candeias-PE
Enredada nas peripécias do Arnaldo
Em 20.04.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza ou saudade, sem pudor.


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quinta-feira, 19 de abril de 2018

FOLHA AO VENTO



Imagem Google 



FOLHA AO VENTO
Ysolda Cabral


Por vezes não me acho...
Isto é fato!
No encontro de mim;
como falho!...

Não me arraso,
mas me cobro.
Sorrio e choro.
Vago a esmo feito folha
solta ao Vento...

Disfarço...
No que resta de mim;
nem sempre calo...
Acato por puro desacato.
Ah, quem dera ser regato!

Não tenho tato!
Fácil, fácil crio um caso.
Visto um casaco,
alinhavo do frio um pedaço.

Com a Noite faço conchavo.
E, se o novo dia for nublado;
vou aproveitá-lo.
Ah, essa solidão que abraço!...

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Praia de Candeias (PE)
12.04.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que



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Praia de Candeias (PE)
12.04.2018
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor.


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SENHA SECRETA


Imagem Google 


SENHA SECRETA 
Ysolda Cabral



S e a minha poesia desaparecer 
E se o canto dos passarinhos emudecer 
N ão me deixarei sucumbir, e/ou abater 
H averá sempre em mim um coração 
A retumbar muito amor e muita emoção

S e a minha poesia não desaparecer 
E se o canto dos passarinhos não emudecer 
C omporei em harmonia na reclusão 
R imarei com amor e muita emoção 
E ternizando algum lindo Entardecer 
T ipificando este momento de perfeição 
A condição de culpado pela minha solidão. 


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Praia de Candeias (PE)
18.04.2018
Apenas Ysolda 
Uma pessoa que chora e ri de alegria, 
tristeza, ou saudade sem pudor.



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quarta-feira, 11 de abril de 2018

LIDANDO COM A TRISTEZA




Imagem Google 


LIDANDO COM A TRISTEZA 
Ysolda Cabral



Praticamente ando ausente da vida virtual e muito esporadicamente tenho publicado algum trabalho novo. Alguns dos meus poucos leitores me observaram este fato e de repente me ocorreu que, após dizer muitos nãos para recepcionar a dona Tristeza, que sempre quer ser recebida com honras de Estado; terminei por dizer sim. Cansei de ser resistente... A resistência é advinda da esperança na fé de que tudo há de mudar e de que tudo termina dando certo.

Aí, a gente espera, espera e protela um monte de coisa. Até para de escrever, de compor, esquece o violão e vai dando pontapé na tristeza, no desânimo e vai levando até que chega o ponto da grande descoberta: você está num beco sem saída...

Então, que a Tristeza entre e faça da minha casa a sua casa. Não lhe direi mais NÃO! Que entre e fique à vontade para fazer o que quiser. Contudo, não me verá chorar e nem lhe pedir para ir embora. E tem mais: se eu quiser dormir, ela não há de me tirar o sono, e nem a vontade de comer. Assim aprenderá a não chegar sem ser convidada e a não ser tão insistente.

A Tristeza é antipática, inconveniente, deixa você ainda mais cansada, ou cansado. - Cansaço não é coisa só de mulher, ou de quem já viveu muito! - Ou, ainda, de quem ainda não viveu nada. Cansaço é cansaço e ponto. Todo mundo se sente assim em algum momento.

A mediocridade cansa. A falta de humanidade, de compreensão, de possibilidades também cansam. E de cansaço em cansaço, vou descansando no ocaso do inesperado, e me acomodando ao caos que se espalha feito uma peste poderosa.

De agora em diante vou aprender a calar, a sorrir que nem boba da corte e, quanto a dona Tristeza; que fique o tempo que quiser. - Não estou nem aí! 

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Praia de Candeias (PE)
05.04.2018
Apenas Ysolda 
Uma pessoa que chora e ri de alegria, 
tristeza, ou saudade sem pudor.



Código do texto: T6300592 
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