domingo, 30 de março de 2014

DOR DILACERANTE




DOR DILACERANTE
Ysolda Cabral

Num calor infernal sufocante,
a tarde cai incompreensivelmente fria.
O silêncio traz intrínseca a agonia,
e a dor da saudade se torna dilacerante.

Saudade hoje é companheira na lira,
da minha infinita solidão.
Ah, quantas emoções conflitantes,
residem no meu coração!...

Esqueci de mim, sem temer.
Quanto tempo precioso perdido,
que passou por mim tão corrido!
Relutei, mas cansei de nada ser.

Hoje que a tarde cai indolente,
Nada mais sonho, desejo ou pretendo,
a não ser entender a incógnita de estar vivendo,
uma vida onde a tristeza é  remetente.

**********

Praia de Candeias-PE
Em tarde domingueira
30.03.2014
Publicado no Recanto das Letras 
 em 30/03/2014
Código do texto: T4749812 
Classificação de conteúdo: seguro