quinta-feira, 30 de abril de 2015

QUE AMIGO!...




QUE AMIGO!...
Ysolda Cabral



Ele ligou cedinho e falou: ''Está doendo muito o meu globo ocular.'' Fiquei preocupada, aflita mesmo. Disse estar no oftalmologista. Tranquilizei-me. Coincidentemente, eu estava, também, na sala de espera do médico que, na próxima semana, fará em mim um cateterismo para saber o que há de errado com o meu '' Tum, tum, tum do Encantado'', quando algo me chamou a atenção, animando-me: uma moça, também à espera da consulta, lia um livro; outra, uma revista, enquanto apenas uma estava ao celular!(Foto acima, tirada por mim, para provar o que digo. Evidentemente com as respectivas autorizações.) "Nem tudo está perdido!" - pensei satisfeita. A ''droga do século'' ainda não atingiu a todos! 

- ''Está doendo muito!". Outra vez aquela voz na minha cabeça…

Algum tempo depois, já em casa, ele me liga para dizer que havia se consultado. Estava com uma inflamação, mas já medicado, se sentia melhor. O médico, porém, o proibira assistir TV, ler e acessar o computador nos próximos dois dias, estimativa para o tratamento que acabara de iniciar. "E nem pelo celular!" - segredou-me triste e compungido.Consolei-o como pude, recomendando-lhe paciência e o máximo de cautela.

Por volta das 22 horas, finalmente desocupada das minhas tarefas domésticas diárias, resolvi entrar na Internet para responder algumas mensagens mais urgentes, deparando-me, de pronto, com o inimaginável, o impossível de acontecer: lá estava o meu amigo ''Está doendo muito'', todo serelepe, navegando pelas esquinas virtuais, rindo de tudo e por nada - e de mim, com certeza!

— Que dependente de uma figa!...

Agora me responda, dona Ysolda: com um amigo desses, tem coração que aguente?

— Que coisa! 

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Praia de Candeias-PE
Em véspera de feriado
29.04.2015

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01/05/2015 09:40 - oklima
Que bom, ser assunto de uma crônica da minha musa-sorriso, Ysolda Cabral! Beijando-lhe abraços agradecidos e lhe abraçando beijos amorosos, deixo-lhe essa trova, como prova de carinho:

Para quem da dor se esquece,
a pimenta é mui gentil!
No olho alheio, parece
Colírio Moura Brasil!!

Seu poeta de sempre, Odir.

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Eu posso com um improviso desses? Risos

Ah, Odir Milanez!...

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