sábado, 5 de dezembro de 2015

MADRUGADA EM CANDEIAS




MADRUGADA 
Odir Milanez da Cunha


Abro a janela ao vento, à madrugada.
De saudade um perfume assume a sala. 
Quanta falta me faz ouvir-te a fala! 
Como custa tua voz saber calada!

Três horas da manhã! Abandonada, 
a rua esconde os cantos, de onde exala
sabor sabendo a pão,, que se propala
pelos passos da pressa, há pouco, nada...

O sol assume as sombras, pouco a pouco.. 
Abraçado aos meus braços, me abandono. 
Converto-me ao cansaço, mudo e mouco!

Avivo à minha voz um novo entono.
Tento ser teu em versos. Quase louco,
esvazio de vez. Vence-me o sono! 

JPessoa / PB 
04. 11. 2015
Sou somente um escriba 
que ouve a voz do vento 
e versa versos de amor...



MADRUGADA EM CANDEIAS
Ysolda Cabral


A madrugada, a beira Mar de Candeias,
traz o cheiro do pão que a fome incendeia.
Acordo muito antes dos passarinhos,
pensando em comer pão bem quentinho.

Sinto a Vida correndo em minhas veias,
penso em lindos lírios nas brancas areias,
penso em Jesus dividindo o Pão e o Vinho,
e das rosas, a razão delas terem espinhos.

Sei que a Vida é assim e por Ela dou Graças!
Seja dia, noite ou em ansiosa madrugada,
dou graças porque tenho fé, força, raça!...

E é assim que hoje me encontras e achas,
em estado de alegre euforia e obrigada,
a dizer que, por você, me sinto abençoada.


Praia de Candeias-PE
Em 05.12.2015
Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri
de alegria, tristeza
ou saudade, sem pudor. 

Para escutar a música de fundo, acesse: